Uma terceira pessoa pode estar envolvida no caso da mulher enterrada viva em Visconde do Rio Branco, em Minas Gerais. Trata-se do marido da vítima.
“Ainda não temos uma informação oficial, mas está sendo investigada qual seria a participação ou a responsabilidade dessa pessoa”, disse a delegada Flávia Murta, chefe do 4° Departamento de Polícia Civil, segundo o “UOL”.
Informações preliminares apontam que o companheiro da vítima teria fugido enquanto ela era agredida.
Tentativa de feminicídio é uma das hipóteses levantadas pela polícia para tentar entender a motivação do crime. “Existe essa possibilidade, apesar de ainda ser prematuro falarmos sobre isso. Mas existe essa linha de investigação. O feminicídio se refere não só às relações, mas também ao menosprezo da mulher, quando a mulher é colocado como um ser objetificado”, disse a delegada.
Dois jovens suspeitos das agressões, de 20 e 22 anos, foram presos ontem.
Relembre o caso
A vítima foi localizada na última terça-feira (28) após passar pelo menos 10 horas presa na sepultura. Coveiros acionaram a PM (Polícia Milita) após encontrar um túmulo fechado com tijolo e cimento fresco, além de vestígios de sangue. Eles também ouviram uma voz vinda da gaveta funerária.
O espaço foi aberto e a mulher, resgatada. Ela tinha ferimentos na cabeça e vários cortes pelo corpo. O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi chamado, prestou os primeiros socorros e encaminhou a vítima ao hospital.
Segundo a vítima, ela estava em casa com o marido quando dois homens encapuzados invadiram o local e a agrediram. O companheiro dela também teria sofrido agressões, mas conseguiu escapar. Depois disso, ela só lembra de ter acordado já no túmulo.
A polícia revelou que a mulher tem envolvimento com furto e uso e tráfico de drogas. Ela chegou a dizer que, anteriormente, teria guardado armas e drogas para dois indivíduos e que esse material foi “extraviado”.
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