Em 10 anos que trabalha na creche Cantinho Bom Pastor, onde ocorreu o ataque e morte de 4 crianças por um homem armado com uma machadinha, a professora Jennifer Ferreira, de 25 anos, disse que nunca teve nenhum tipo de invasão ou entrada não autorizada no local.
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Jennifer perdeu o sobrinho no massacre e por muito pouco também sua própria filha. A menina tinha pedido para ir ao banheiro minutos antes da invasão e, por sorte, não estava no parquinho no momento da invasão. “Toda hora vem na minha mente sorrisos e abraços e cada lembrança com eles [as crianças mortas]. Quando uma mãe perde um filho, todas sentem. E eu perdi quatro”, disse.
A professor falou sobre os momentos de terror que viveu nos poucos minutos que durou a chacina na escolinha. Ela disse que assim que se deu conta do que estava acontecendo, começou a gritar para que as crianças corressem para a sala de aula.
A mãe, que é faxineira no local, partiu para cima do agressor logo após os primeiros ataques e conseguiu espantá-lo, e ela sua mãe tentaram acordar as crianças e fazer massagem cardíaca até a chegada dos bombeiros, mas não havia mais o que fazer.
As quatro crianças vítimas do ataque, todas com idades entre 4 e 7 anos, foram sepultadas nesta quarta-feira, na cidade de Blumenau.
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SURTO PSICÓTICO
De acordo com a polícia, o autor dos ataques sofreu um surto psicótico e não tinha nenhum parente ou ligação com a creche onde ocorreram as mortes, mas já tinha passagens por lesão corporal, dano e porte de drogas.
Quatro outras crianças ficaram feridas no ataque, mas todos tiveram alta do hospital nesta quarta-feira.