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‘Pelada contra o racismo’: professora fica de calcinha e sutiã para protestar em supermercado

“Meu corpo é político”, disse a professora e atriz durante protesto em mercado de Curitiba

Em um protesto inusitado, a atriz e professora Isabel Oliveira resolvei tirar a roupa em um supermercado para denunciar racismo que teria sofrido por parte dos seguranças do estabelecimento, em Curitiba, Paraná.

Em um vídeo postado em sua rede social, a professora chora e diz que um segurança a perseguiu dentro do mercado Atacadão por mais de 30 minutos, uma situação que ela considerou fora do normal e que ela chegou a perguntar ao segurança porque ele a estava seguindo e se ela oferecida algum risco ao estabelecimento.

“Fui tratada como se fosse uma marginal. Fui sendo perseguida por um segurança por mais de meia hora dentro do Atacadão. Isso não pode ser normal. Eu perguntei para ele se eu estava oferecendo algum risco. Entrei para fazer as minhas compras. Isso não dá para admitir. A gente não pode ser tratada sempre como uma marginal”, disse a professora na gravação.

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“Tive que fazer um escândalo e pedir para ser tratada com dignidade”, disse Isabel, que ainda tentou denunciar o caso para a polícia por telefone, mas foi informada pelo atendente que o fato do segurança andar pelo mercado não caracteriza crime de racismo. “Agora tenho que provar que estou sendo perseguida”, disse.

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Isabel afirmou que deixou a loja e voltou depois com seu marido e ficou de calcinha e sutiã no estabelecimento como forma de protesto, afirmando que seu “corpo é político”. Ela disse que é a última vez que entra no estabelecimento.

O supermercado Atacadão emitiu uma nota dizendo que falou com os funcionários e puxou as câmeras internas do mercado para checar as acusações e negou que o segurança tenha praticado o crime de racismo. “Lamentamos que a cliente tenha se sentido da maneira relatada, o que, evidentemente, vai totalmente contra nossos objetivos.”

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