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“Peso e incômodo”: Pais são presos suspeitos de matar filho de três meses asfixiado, na Grande SP

Casal alegou que criança engasgou com leite, mas exame apontou para ‘sufocamento mecânico’

Eles tiveram a prisão temporária decretada
Casal é preso suspeito de matar o próprio filho de três meses, em Itapevi, na Grande SP (Reprodução)

Um casal foi preso suspeito de matar o filho de apenas três meses, em Itapevi, na Grande São Paulo. De acordo com a Polícia Civil, os pais alegaram que o bebê se engasgou com leite. No entanto, exames apontaram para “sufocamento mecânico, possivelmente criminoso”. Em depoimento, após a prisão temporária ser decretada, a mãe confessou que o menino “chorava muito” e era um “peso e incômodo”.

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O caso aconteceu na manhã de sábado (8), quando os pais levaram o bebê até o Pronto-Socorro de Itapevi. Lá, a mãe disse que o bebê estava chorando, quando ela o posicionou de bruços e o enrolou em uma coberta. Em seguida, colocou a chupeta na boca da criança, que teria sossegado. No entanto, horas depois, ela percebeu que ela não estava respirando e decidiu levá-la ao hospital.

Conforme o relato da mãe, a suspeita era de que o menino tivesse se sufocado com leite. Porém, os médicos desconfiaram de maus-tratos e acionaram a polícia. O menino foi submetido a um exame, que não apontou a presença de nenhum líquido na garganta, esôfago ou estômago dele, mas sim apontava para o “sufocamento mecânico”.

Os pais foram, então, presos e, em depoimento, acabaram admitindo que tinham mentido sobre as causas da morte do filho. Tanto o pai quanto a mãe disseram que a gravidez não tinha sido planejada e que aquela criança era “um peso e um incômodo”.

“No primeiro contato, foi perceptível que a mãe não demonstrava a emoção que era esperada em razão da morte do filho. Isso chamou a atenção. Todavia, esperamos a conclusão do laudo, que poucas horas depois, demonstrou, de modo técnico, que os pais estavam mentindo. A morte do bebê teve origem criminosa”, afirmou o delegado Adair Marques Correa Jr., em entrevista ao site G1.

O caso segue em investigação na Delegacia de Itapevi como homicídio duplamente qualificado por asfixia e por impossibilidade de defesa da vítima.

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