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“Choramos”: Brasileiras presas na Alemanha após terem malas trocadas desembarcam no Brasil

Jeanne Paollini e Kátyna Baía passaram mais de 30 dias presas em Berlim acusadas de tráfico de drogas

Após mais de 30 dias presas em um centro de detenção provisória na Alemanha, as brasileiras Jeanne Paollini e Kátyna Baía desembarcaram nesta sexta-feira no aeroporto de Goiânia, onde vivem, aliviadas por terem deixado para trás um pesadelo digno de filmes de suspense. “Choramos por diversas vezes  [durante o voo], mas foi um choro de alegria, alívio e gratidão!”, disseram.

A saga de Jeanne e Kátyna começou no dia 5 de março, quando tiveram suas malas trocadas por bagagens contendo drogas e foram presas no aeroporto de Berlim, na Alemanha, o que seria o ponto de partida de um tour de 20 dias pela Europa.

Após analisar as câmeras de segurança, a Polícia Federal brasileira conseguiu provar que as jovens tiveram as etiquetas de suas malas trocadas e não eram mulas ou faziam parte de qualquer quadrilha internacional de tráfico. O laudo da polícia foi enviada para a Alemanha e o Ministério Público do país arquivou o processo. Elas foram libertadas na terça-feira, mas somente hoje chegaram em casa.

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Logo pela manhã o consulado brasileiro em Berlim informou que um representante do governo brasileiro estava na penitenciária para aguardar a libertação das duas jovens.

Mão e pés algemados

Durante os dias que ficaram presas, as jovens narraram dias de horror que viveram, sendo algemadas pelas mãos e também pelos pés, como criminosos perigosos. Em uma carta enviada à sua irmã, Kátyna disse que tiveram que passar por revista íntima: “Fomos humilhadas”.

Ela relatou também que ficavam 16 horas por dia presas na cela e não tinham direito a receber visitas. Todos seus itens pessoas foram retirados, inclusive o remédio que toma, de uso contínuo, tornando a vida no local insuportável. “Acordar todo dia na prisão era uma tristeza profunda”, disse.

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