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Ataque em creche de Blumenau: matador tinha drogas no sangue e queria matar ‘uns 30’

Ataque durou apenas 20 segundos, segundo a polícia, e poderia ter sido feito em outras escolas

Creche da escola onde ocorreu o atentado
(Foto: Felipe Sales/NSC TV)

O laudo toxicológico do responsável por invadir a creche em Blumenau e matar quatro crianças acusou a presença de cocaína, cocaetileno (substância formada pela mistura de cocaína e álcool) e benzoilecgonina. As substâncias estavam no sangue e na urina do rapaz.

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Hoje, o delegado responsável pela investigação da chacina na creche apresentou a conclusão do inquérito. O matador, que tem 25 anos, será indiciado por quatro homicídios consumados, qualificados como motivo torpe, meio cruel, impossibilidade de defesa das vítimas e contra menores de 14 anos. Responderá ainda por outras cinco tentativas de homicídio com as mesmas qualificações.

Comoção marca cerimônias
Corpos de vítimas de chacina à creche de Blumenau são velados (Reprodução/NSCTV)

O delegado Rodrigo Raitez disse que a ação do matador na creche durou cerca de 20 segundos apenas, mas o autor do crime tinha inicialmente escolhido outras duas escolas para atacar, mas acabou desistindo e optando pela creche. Embora tenha ficado pouco tempo dentro da escola, o número de vítimas foi grande, mas não tanto quanto ele pretendia. Segundo a polícia, ele disse em depoimento que pretendia “matar uns 30″.

A polícia conversou com a mãe e testemunhas que o conheciam e todos disseram que ele era usuário de drogas e costumava ter alucinações e dizer que sofria perseguições do padrasto e da polícia.

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As investigações, segundo a polícia, mostram que o ataque não foi coordenado e não há nenhum outro envolvido. Uma perícia feita no celular do jovem não encontrou nenhum indício de premeditação do ataque nem que ele pertença a células neonazistas, mas, segundo a polícia, ele participava de grupos no Facebook de pesquisas satânicas.

“É uma pessoa que não tem nenhuma condição de viver em sociedade. Nenhuma punição é suficiente para reparar o que ele fez, mas nós fizemos a nossa parte”, disse o delegado.

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