O advogado que defende o entregador Max Ângelo dos Santos, de 36 anos, fez um pedido para que pessoas que testemunharam o ataque da ex-jogadora de vôlei Sandra Mathias contra seu cliente compareçam na delegacia para prestar depoimento.
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O caso está sendo investigado como lesão corporal e injúria simples, mas a defesa quer que ela seja enquadrada por crime de injúria racial, já que a mudança da lei em janeiro equipara o crime de injúria racial a racismo, cujas penas são maiores, de 2 a 5 anos.
“Pedimos para que pessoas que tenham presenciado os xingamentos, que compareçam à delegacia e prestem depoimento. Isso ajudará na investigação e na mudança do tipo de crime”, afirmou o advogado Joab Gama.
Até o momento, além de Max e da acusada, a polícia ouviu uma testemunha e solicitou que outras três prestem depoimento. Da primeira testemunha, a delegada disse que ela ouviu Sandra falando sobre favela e dizendo “me dá o número desse marginal”.
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Max Ângelo foi agredido física e verbalmente pela ex-jogadora de vôlei, que ainda usou a guia da coleira de seu cachorro para açoitá-lo. Em seu depoimento na delegacia, Max disse que ela o chamou de “marginal”, “preto” e “favelado”. “Me mandou tomar em tudo quanto é lugar”, disse a vítima.
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Se a tipificação do crime for alterada, como pretende a defesa do entregador, as coisas podem piorar bastante para a agressora, porque agora os atos de discriminação com falas e xingamento em função da cor, raça ou etnia, além das penas maiores, não podem mais serem respondidos em liberdade condicional enquanto tramita o processo, após pagamento de fiança.