Quase dois anos após a morte da modelo brasileira Nayara Vit, de 33 anos, após cair do 12º andar de um prédio, no Chile, a família começa a ter respostas da Justiça. A investigação apontou que ela foi vítima de feminicídio e o empresário Rodrigo Del Valle Mijac, acusado pelo crime, foi preso preventivamente.
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A morte da modelo ocorreu no dia 7 de julho de 2021, quando ela estava no apartamento do então namorado. Na ocasião, também estavam no imóvel a filha dela, que na época tinha 4 anos, e a babá.
O caso passou a ser investigado e apontava para uma morte criminosa, mas a detenção do acusado só ocorreu 1 ano e 9 meses após o assassinato. O Ministério Público chileno denunciou o empresário por feminicídio, destacando que ele matou a modelo após uma discussão. Após agredi-la, ele teria a sufocado e a jogado de um dos terraços do prédio.
A juíza Ximena Rivera Salinas acatou a denúncia e determinou a prisão preventiva do empresário, que foi detido na última sexta-feira (14). Depois, ele foi encaminhado ao Centro de Detenção Preventiva de Santiago.
Na decisão, a magistrada destacou que o crime foi um ato de violência de gênero “sendo, por isso, um fato particularmente grave e sendo esta a principal razão do tribunal, que estima que a liberdade do acusado é perigosa para a segurança da sociedade”.
A defesa de Mijac não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.
Família ‘aliviada’
Os familiares de Nayara, que desde sempre buscavam por justiça no caso, se dizem aliviados com a prisão de Mijac. Em entrevista ao site G1, a mãe da jovem, Eliane Marcos Vit, afirmou que já estava quase sem esperanças de que o culpado fosse responsabilizado pelo crime.
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“Para ser bem franca, nós estávamos bem desesperançosos. Eu estive no Chile duas vezes, estive com a fiscal que estava com a causa, e ela me disse que estava trabalhando, que era complexo, que eu tivesse paciência. A gente espera, mas demora tanto que acha que não vai acontecer mais nada”, declarou a mãe.
Eliane contou que Nayara já morava há 16 anos no Chile. Ela se relacionava com o empresário há sete meses quando morreu. Já a filha dela, fruto de outro relacionamento, ficou sob os cuidados paternos.
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