O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) multou em mais de R$ 17 mil o tiktoker Agenor Tupinambá, famoso por mostrar sua rotina com uma capivara, por manter animais silvestres em ambiente doméstico. Além disso, o órgão determinou que os bichos sejam entregues ao órgão. Nas redes sociais, o rapaz se pronunciou e negou que tenha cometido qualquer ato de maus-tratos (veja postagem abaixo).
O Ibama informou que passou a investigar o tiktoker depois que recebeu uma denúncia sobre a morte de um bicho-preguiça, que ficava sob os cuidados dele. Os agentes do órgão foram até a fazenda do rapaz e lá encontraram a capivara, conhecida nas redes sociais como “Filó, e um papagaio, mas não há autorização legal para a posse dos bichos.
Assim, além da multa, foi determinado que Agenor entregue “Filó” e o papagaio a um centro do Ibama em Manaus, no Amazonas. A medida também determina que ele apague das redes sociais o conteúdo alusivo à criação de animais silvestres em ambiente doméstico.
Nas redes sociais, Agenor explicou que foi comunicado das acusações por suspeitas de abuso, maus-tratos e exploração contra animais, além da acusação de matar um animal. No entanto, ele negou qualquer irregularidade.
Agenor destacou que ainda tem alguns dias para entregar a capivara e o papagaio, além de fazer sua defesa formal ao Ibama.
“Também fui notificado para retirar os vídeos que tanto expressam o meu amor e entregar a Filó num centro de tratamento animal, sob a acusação de retirá-la do seu habitat natural. Se tem alguém que mora no habitat natural de alguém sou eu, não os animais. Eu abro a janela e lá estão o rio, a floresta e os animais. Eu que estou de passagem nesse lugar. E escolhi ser um guardião e não um criminoso.”, disse ele.
Posse de animais silvestres
O Ibama explicou, em nota enviada ao site UOL, que animais silvestres, como a capivara e o papagaio que apareciam nos vídeos do tiktoker, não podem ser mantidos em ambientes domésticos, como cães e gatos.
Por isso, o influencer foi multado por “práticas relacionadas à exploração indevida de animais silvestres para a geração de conteúdo em redes sociais” e as multas aplicadas totalizam R$ 17.030.
“É importante salientar que além de ser crime manter animais silvestres irregularmente, a exposição de espécimes silvestres como pets em redes sociais, estimula a procura por esses animais, aquecendo o tráfico de espécies da fauna brasileira. Por mais que se acredite estar ajudando um animal silvestre, dando comida e abrigo, é importante entender que essa atitude pode prejudicá-lo, pois reduz sua capacidade de sobrevivência na natureza. Animais silvestres também podem transmitir doenças graves para os humanos”, destacou o Ibama.
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