A Polícia Civil investiga a morte de Luan de Oliveira Araújo, de 22 anos, que foi encontrado sem vida dentro do terreno da Linha 9-Esmeralda, nas proximidades da plataforma da estação Cidade Universitária, na Zona Oeste de São Paulo. O atestado de óbito consta que a causa foi politraumatismo por agente contundente, mas ainda não há informações sobre o que aconteceu com o rapaz.
ANÚNCIO
Luan foi encontrado morto no último dia 5 por agentes de segurança da ViaMobilidade, concessionária responsável pela linha férrea. Ele apresentava um ferimento na cabeça e não portava nenhum documento. O corpo foi retirado do local e levado para uma sala nas dependências da estação.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas no local os socorristas constataram que Luan já estava morto. Assim, o corpo dele foi levado ao Instituto Médico Legal (IML).
Conforme o boletim de ocorrência, os funcionários envolvidos no socorro prestaram depoimento e nenhum deles soube dizer se havia alguma ocorrência sobre pessoa atropelada por algum trem. Nenhuma situação do tipo também foi formalmente registrada pelo centro de controle, conforme a concessionária.
O caso segue sendo investigado como morte suspeita. A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que exames periciais foram solicitados, e os laudos estão sendo elaborados.
Já a ViaMobilidade ressaltou, em nota, que colabora integralmente com as investigações e que está à disposição das autoridades policiais para prestar os esclarecimentos necessários.
Mãe desconfiou de marcas
Mãe de Luan, Ana Lúcia de Oliveira contou que o filho morava com a avó em Carapicuíba, na Grande São Paulo, e que o rapaz trabalhava vendendo balas nas linhas de trem. Ele costumava mandar mensagens para ela diariamente, mas passou alguns dias sumido.
ANÚNCIO
Ana Lúcia disse, em entrevista ao site G1, que só soube que o filho estava morto no dia 10 de abril, quando o corpo dele foi identificado pelas digitais. Assim, a mãe esteve no IML e afirma que estranhou as marcas que viu em Luan.
“Marcas na mão. Lutou muito para não morrer. O nariz quebrado, a boca quebrada. Meu filho não merecia morrer assim, ele nunca fez mal a ninguém, nunca, só peço justiça”, disse ela.
Ainda segundo Ana Lúcia, um amigo do rapaz, que não se identificou, disse que Luan foi assassinado. “O outro moleque que vende no trem mandou a gente fazer boletim, [disse] que quem mantou o Luan foram os guardas da estação”, relatou.
LEIA TAMBÉM: