“Ela saiu da UTI. Nos próximos dez dias ela vai continuar tomando os antibióticos porque ela está com duas bactérias: uma no sangue, outra no pulmão. Então ela vai tomar dez dias de antibióticos e, quando ela estiver forte, pode ir para a reabilitação”, relatou a mãe ao site UOL.
Thais, que já iniciava um tratamento no Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), apresentou um quadro de perda de pressão e pneumonia e voltou a ser internada na UTI, no último dia 9. Há quatro dias, foi transferida para um quarto da unidade.
Ainda conforme a mãe, assim que estiver em condições, a filha deve retomar o trabalho de reabilitação. “Ela já está tendo muitos estímulos. Estou muito feliz com isso, é pouca coisa ainda, mas, para quem não estava nem mexendo a pestana do olho, já é um turbilhão de emoções”, afirmou.
Relembre o caso
Ao chegar no hospital, a jovem sofreu uma parada cardiorrespiratória, quando ficou cerca de sete minutos sem pulso e 15 minutos sem oxigênio. Assim, ela foi sedada e intubada. Depois, foi transferida para a Santa Casa de Anápolis, onde ficou na UTI.
Depois, foi transferida para um quarto, onde seguiu sua recuperação. No entanto, o diretor técnico da Santa Casa de Anápolis, Murilo Carlos Santana, ressaltou que o quadro dela era delicado e, alguns dias depois, acabou voltando para a UTI, dessa vez no Crer.
O que causou a reação?
Os médicos acreditam que a jovem sofreu uma crise de grave de asma ao cheirar a pimenta e, por conta da baixa circulação de oxigênio no cérebro, teve danos neurológicos. O condimento teria sido o gatilho.
“Em relação à questão do prognóstico neurológico dela, a gente espera uma lesão neurológica grave. (...) O cérebro ainda pode ter alguma recuperação, mas a gente acredita que voltar às atividades habituais dela, as atividades normais, isso, infelizmente, não”, explicou o médico da UTI, Rubens Dias.
A mãe da jovem havia dito que a filha sofria com bronquite desde que ficou grávida. “A Thais contraiu asma e bronquite no final da gravidez dela, desde então, eu venho lutando com ela. Ela tem alergia a muita coisa, só que a gente ainda não sabia. A gente ia começar um tratamento com ela no Hospital das Clínicas em Goiânia, mas, por motivo financeiro, não conseguimos continuar. Ela disse: - não, mãe, depois a gente faz”, contou ao “G1″.
Segundo Adriana, por conta das crises frequentes, a filha já tinha ficado internada cinco dias com uma bactéria no pulmão. Ela se recuperou, mas era comum ter sintomas como falta de ar, tosse e corpo empolado. Apesar disso, ninguém sabia que ela poderia ter alguma reação à pimenta.
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