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Justiça determina que Globo pague R$ 15 mil para comerciante alvo de fake news

Determinação ocorreu após informação falsa durante ‘Bom Dia São Paulo, em 2016

Logo da TV Globo
Logo da TV Globo (Foto: Divulgação)

Foi determinado, por meio da Justiça, que a Rede Globo pague R$ 15 mil para um comerciante que foi vítima de fake news em uma reportagem veiculada na emissora durante o programa ‘Bom Dia São Paulo’ em 2016.

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De acordo com a UOL, a matéria em questão dizia que o dono de uma loja de pneus havia atirado em um motorista que disputava um racha e acabou batendo em seu comércio.

“O dono da loja achou que era um bandido tentando entrar e saiu atirando”, dizia um trecho da reportagem. Ainda de acordo com o texto, o programa também informou que o motorista foi atingindo no pescoço e estaria hospitalizado.

Contudo, o comerciante comprovou à Justiça que não estava no estabelecimento no momento do acidente.

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No processo, ele disse que, após a reportagem, o movimento da loja caiu, “sem falar na tristeza de ser apontado como atirador”.

O advogado do comerciante disse que a reportagem não se preocupou em apurar os fatos.

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“O que houve foi um absurdo, a repórter não pestanejou em acusar o autor de forma dura e contundente, sem ter a preocupação de apurar a verdade real dos fatos”.

Globo se defende

Durante a defesa, a Globo argumentou que não exibiu o nome do comerciante, a sua imagem ou o nome da loja de pneus.

Além disso, a emissora também informou que a apuração sobre os disparos foi dada por um dos parentes do motorista e que posteriormente a reportagem havia sido atualizada com a informação de que a vítima dos disparos disse à polícia que o responsável pelo tiro era “um homem de bicicleta”.

“Foram expostas todas as versões apresentadas. Ao final, foi confirmado expressamente que o dono da loja não teve nada a ver com o incidente”, disse a emissora.

Na decisão, a desembargadora Sílvia Espósito Martine declarou:

“Não há como negar a conduta inadequada do agente, publicando informações falsas sobre o autor sem ao menos verificar a veracidade das informações obtidas”.

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