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Daniel Alves é constantemente xingado de ‘estuprador’ dentro da cadeia, diz ex-detento

Jogador está preso desde janeiro após ser acusado de estuprar jovem em boate; ele diz que foi consensual

Ele segue preso
Daniel Alves está preso desde o dia 20 de janeiro em Barcelona, na Espanha, após ser acusado de estupro (Reprodução/Instagram)

O jogador Daniel Alves, que está preso há mais de três meses acusado de estupro, na Espanha, é constantemente xingado de “estuprador” pelos outros detentos. A revelação foi feita por um ex-presidiário do Brians II, onde o brasileiro está detido, em entrevista a uma rádio espanhola. O homem também afirmou que o atleta está “magro e abatido”, mas que goza de alguns privilégios, como assistir TV e fazer atividades em um centro esportivo.

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“Tem gente mal-educada no refeitório, onde todo mundo está comendo, e batem no vidro [gritando]: ‘Seu viado! Estuprador!’”, relatou o ex-detento, segundo reportagem do jornal “O Globo”.

O ex-colega de prisão também afirmou que o brasileiro é reservado e, nas poucas vezes que conversou com outros presos, alegou que é inocente e que a relação mantida com a jovem, em uma boate, foi consensual.

“Foi tudo consentido. [foi] Uma noite de festa”, disse o ex-presidiário sobre o que ouviu de Daniel Alves.

Apesar de ter alguns privilégios, o brasileiro não recebe um cardápio diferenciado. Além disso, segundo o ex-detento, ele costuma se distrair jogando bola com outros presidiários.

“Ele não sai. Ele só sai para o centro esportivo quando joga contra outro módulo. Se não, ele fica lá no módulo ou senta lá na enfermaria, onde a TV está ligada, para ver TV”, disse.

‘Atração sexual mútua’

Dani Alves voltou se encontrar com o juiz que cuida do seu caso recentemente, a pedido de sua defesa, para apresentar sua última versão sobre a acusação de estupro.

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A nova declaração não durou mais de trinta minutos e ele disse que realmente manteve relação sexual com a mulher que o acusa, mas foram “consentidas por ambas as partes” e que as versões que ele deu anteriormente foram feitas porque ele se preocupava com o que sua ex-mulher, Joana Sanz, pensaria dele.

Segundo o jogador, houve uma “atração sexual mútua” e que enquanto dançavam ele propôs a ela que fossem juntos ao banheiro, onde ela praticou “felação” e em seguida fizeram “penetração vaginal”, ejaculando fora do corpo da jovem.

Segundo ele, a jovem ficou irritada quando ele propôs que ambos deveriam sair separados e por ele não dar mais bola para ela fora do banheiro, o que segundo ele ocorreu porque não a viu novamente.

A procuradora que participou da audiência questionou o acusado sobre como ele justificava, então, a lesão que a mulher apresentava no joelho, e Dani respondeu que ela se machucou por conta da posição que ficou enquanto praticava sexo oral nele.

A acusação de estupro

O jogador brasileiro é acusado por uma jovem de 23 anos por agressão sexual dentro do banheiro de uma boate em Barcelona. A garota declarou que estava com amigas e que elas foram convidadas a subir à zona VIP por um grupo de garotos mexicanos. Um garçom, então, as convidou para sentar na mesa de Daniel Alves e um acompanhante. Elas se recusaram no início, mas “o cliente insistiu, e o garçom destacou que se tratava de um ‘amigo’”.

Finalmente, as moças aceitaram se sentar à mesa. Depois de um tempo conversando, contou a vítima, Daniel Alves “começou a ‘fazer o bobo’ com as três, enganchando-se muito e tocando-as”. Além disso, em várias ocasiões, “pegou-lhe com força a mão e Alves e colocou-a em seu pênis”, enquanto ela tentava evitá-lo. Mais tarde, o brasileiro lhe apontou uma porta e obrigou-a a segui-lo e a entrar”.

A vítima denunciou que, já no banheiro, “Alves a obrigou a sentar-se em cima dele, a atirou ao chão, a obrigou a praticar sexo oral, a que ela resistiu ativamente, a esbofeteou, a levantou do chão e a penetrou até ejacular”.

Quando foi prestar depoimento na delegacia de Barcelona sobre a acusação de estupro, Daniel Alves negou conhecer a vítima. Porém, quando confrontado pela juíza sobre uma tatuagem íntima que ele tem entre o abdômen e a virilha, descrita pela vítima, ele confessou ter tido relações com ela, mas de forma consentida.

Pesam contra ele ainda imagens das câmeras internas da boate, que mostram que ele ficou cerca de 15 minutos no banheiro com a vítima e declarações de outra mulher que disse ter sido assediada e “tocada” nas partes íntimas pelo jogador naquela mesma noite. Os exames médicos feitos na mulher que o denunciou também confirmam o estupro.

Assim, o brasileiro foi preso no dia 20 de janeiro deste ano e permanece à disposição da Justiça espanhola.

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