A Corregedoria da Polícia Militar apura o que levou o sargento Claudio Henrique Gouveia a matar dois colegas de farda dentro de um quartel da corporação em Salto, no interior de São Paulo. O agente entrou armado com um fuzil na sede da 3ª Companhia da Polícia Militar alegando que iria fazer um treinamento, na segunda-feira (15), mas trancou as vítimas em uma sala e disparou.
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O sargento Roberto Aparecido da Silva e o capitão Josias Justi da Conceição Júnior, que estavam em serviço, foram baleados. Eles foram socorridos e levados a um hospital da cidade, porém, ambos não resistiram aos ferimentos e morreram.
Após o crime, o autor foi contido por outros agentes, se entregou e acabou preso. Por enquanto, a motivação do crime ainda é desconhecida.
A defesa de Gouveia não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.
A Prefeitura de Salto divulgou uma nota de pesar e decretou luto por três dias. “Com profunda consternação, a Prefeitura de Salto lamenta a morte do capitão Josias Justi da Conceição Junior, comandante da 3ª Companhia da Polícia Militar de Salto, e do 2º sargento Roberto da Silva, também integrante dessa companhia, se solidarizando com familiares e amigos, pelas irreparáveis perdas. Em sinal de pesar, fica decretado luto oficial de três dias, devendo a bandeira do município ser hasteada a meio mastro, na sede do Paço Municipal e nas repartições municipais.”
Quem eram as vítimas?
O capitão Josias Justi era o comandante da 3ª Companhia da Polícia Militar. Ele ingressou na corporação em 2005 e se formou em 2008.
Em 2014, quando era tenente, ele chegou a atuar no Corpo de Bombeiros de Salto. O policial morava em Sorocaba, também no interior paulista, e deixou a esposa e dois filhos. Ele também era graduado em engenharia civil.
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Já o sargento Roberto Aparecido da Silva, que estava em serviço no momento do ataque, também era casado e deixou três filhos. Ele começou a atuar na Polícia Militar em 2002.
Ataque no Ceará
O ataque no interior paulista foi o segundo caso do tipo em pouco mais de 24 horas no país. Na madrugada de domingo (14), um policial civil invadiu uma delegacia e matou quatro colegas a tiros em Camocim, no Ceará.
Segundo o site G1, as vítimas foram os escrivães Antônio Claudio dos Santos, Antônio José Rodrigues Miranda e Francisco dos Santos Pereira, e o inspetor Gabriel de Souza Ferreira.
O autor, identificado como Dourado, era inspetor da Polícia Civil. O homem estava de folga, mas foi até o local, atirou contra os colegas, e fugiu em um carro da corporação. Logo depois, abandonou o veículo e se entregou em uma base da PM na cidade.
Não há informações sobre a motivação do crime, que segue sendo investigado. Durante depoimento, Dourado preferiu se manter em silêncio. Ele foi levado para a Penitenciária Industrial Regional.
A defesa do policial também não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.
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