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Caso Henry Borel: saiba quando Jairinho e Monique Medeiros devem ir a julgamento pelo crime

Garoto foi assassinato em 8 de março de 2021; mãe aguarda em liberdade e padrasto segue preso

Mãe e padrasto são réus no caso
Henry Borel, de 4 anos, foi morto no dia 8 de março de 2021 (Reprodução/Redes sociais)

O programa “Linha Direta”, da TV Globo, exibiu na noite de quinta-feira (18) o caso da morte do menino Henry Borel, de 4 anos, ocorrida em março de 2021. A mãe do garoto, Monique Medeiros, e o ex-marido dela, o ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, viraram réus pelo crime. Ambos deverão enfrentar um júri popular, no entanto, o julgamento segue sem data marcada.

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A decisão de mandar o ex-casal a júri popular foi da juíza Elizabeth Louro, do 2º Tribunal do Júri, no dia 1º de novembro do ano passado. De lá para cá, as defesas dos réus entraram com uma série de recursos, que ainda passam por análise do Poder Judiciário. Dessa forma, o julgamento segue sem previsão.

Em entrevista ao site G1, o promotor do caso, Fábio Vieira, falou sobre esses recursos.”Os réus recorreram da decisão da juíza e esses recursos vão ser analisados pelo Tribunal de Justiça. Após a análise desses recursos em segundo grau, a juíza determina as partes apresentem as testemunhas que deverão ser ouvidas e marca a data do julgamento”, explicou.

Conforme a pronúncia da juíza, Jairinho será julgado por homicídio triplamente qualificado com emprego de tortura, motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima. Ele segue cumprindo prisão preventiva.

Já Monique Medeiros vai responder por homicídio e omissão. Enquanto aguarda o julgamento, ela segue em liberdade.

A juíza decidiu por absolver o ex-casal da acusação de fraude processual e Monique da acusação de tortura. Durante o curso do processo, Jairinho também foi absolvido de uma acusação de coação.

A defesa de ambos não foi encontrada para comentar o caso até a publicação desta reportagem.

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Ele segue preso e ela em liberdade
Ex-vereador Dr. Jairinho e Monique Medeiros são réus pela morte do menino Henry Borel, filho dela (Reprodução)

Exibição do programa

Os advogados que defendem Jairinho chegaram a tentar impedir a exibição do caso no “Linha Direta”, apresentado por Pedro Bial. De acordo com a defesa , “repórter não tem poder de polícia, imprensa não tem poder de autoridade policial para representar por prisão preventiva, nem tem investidura na magistratura para conduzir instrução criminal e proclamar veredicto”, disse em nota.

No entanto, o recurso foi analisado e negado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que liberou a exibição. O programa conseguiu deixar parte da população chocada, chegando a mostrar os passos do menino antes da morte e causou bastante repercussão nas redes sociais.

A mãe e o padrasto do menino foram acusados pela sua morte.
Imagem de elevador mostrou o menino Henry Borel horas antes de ser morto (Reprodução / Twitter)

Relembre o caso

Na madrugada do dia 8 de março de 2021, o garoto Henry Borel,  de 4 anos, de entrada em um  hospital na Zona Oeste do Rio de Janeiro inconsciente e foi considerado morto momentos depois.

Na ocasião, ele estava no apartamento em que sua mãe, Monique Medeiros, morava na companhia de seu padrasto, o ex-vereador Dr. Jairinho. Segundo o casal, o menino teria sofrido um acidente doméstico, ou melhor, tinha caído da cama, que gerou hemorragia e as lesões que levaram à sua morte.

Após uma intensa investigação e a análise realizada pelos médicos, ficou comprovado que a causa da morte de Henry foi hemorragia interna com laceração hepática no fígado em decorrência de uma ação empregada por força violenta.

Monique e Jairinho foram presos logo depois. Em depoimento, o ex-vereador negou o crime. A mulher chegou a alegar que vivia um relacionamento abusivo e que não tinha ciência de que o filho era agredido pelo padrasto. No entanto, mensagens enviadas à ela pela babá do garoto mostraram que ela sabia sim que o homem costumava agredir a vítima.

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