A polícia francesa investiga o desaparecimento misterioso da brasileira Fernanda Santos de Oliveira, de 44 anos. A mulher passou 15 dias sendo procurada, mas depois foi achada no apartamento em que mora. Ela apresenta ferimentos nas mãos e nos pés, mas não soube dizer o que aconteceu. Depois de receber atendimento médico, ela deverá ser transferida para um hospital psiquiátrico.
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O sumiço de Fernanda, que é natural de Botucatu, no interior de São Paulo, foi denunciado às autoridades no último dia 6 de maio. Na ocasião, ela foi vista deixando o apartamento em que mora, em Boulogne-Billancourt, na região do subúrbio de Paris, levando apenas uma bolsa de mão e um patinete. Como não deu mais notícias e não foi mais encontrada, ela passou a ser considerada desaparecida.
Além da polícia francesa, integrantes do grupo voluntário “Associação Mulheres na Resistência de Paris” se mobilizaram para fazer buscas pela brasileira. No entanto, na segunda-feira (22), Fernanda foi achada no próprio apartamento.
Em entrevista ao site G1, Nellma Barreto, que é presidente da associação, contou que a mulher apresenta ferimentos nos pés e nas mãos. Ela disse que apenas se lembra de estar em uma casa abandonada, mas não soube detalhar como chegou até lá e como conseguiu voltar para seu apartamento.
Além disso, conforme Nellma, o cartão bancário de Fernanda chegou a ser usado duas vezes enquanto ela seguia desaparecida, nos dias 16 e 20. No entanto, ela não se recorda se foi ela quem fez as compras.
Depois de encontrada, a brasileira foi levada para uma unidade médica policial, onde passou por exames de corpo de delito para verificar se sofreu algum tipo de violência ou fez uso de entorpecentes. Nesta terça-feira (23), ela deverá ser transferida para um hospital psiquiátrico.
Ilegal no país
Maria Aparecida de Oliveira, que é irmã de Fernanda, contou ao G1 que a mulher mora há pouco mais de um ano em Paris, mas que não tinha visto. Assim, ela buscava regularizar a situação.
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A brasileira trabalhava em um restaurante de culinária portuguesa e também fazia “bicos” como faxineira. A irmã relatou que, no dia em que sumiu, a mulher sofreu um “surto” e que os bombeiros chegaram a ser chamados para socorrê-la, mas ela alegou que estava bem e recusou o atendimento.
Depois que desapareceu, um mutirão foi montado para fazer as buscas e a polícia chegou a dizer que ela tinha sido vista dias 8 e 9 de maio em Melun, no departamento Sena e Marne. Porém, ainda é um mistério o que aconteceu com ela durante os dias em que ficou fora de casa.
Em nota, o Consulado-Geral do Brasil em Paris afirmou que acompanha o caso desde 11 de maio, após contato de familiares, e que mantém contato direto e constante com a polícia francesa. Os parentes pretendem trazê-la de volta ao Brasil assim que possível.
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