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Marília Mendonça: policial civil e servidora do IML são suspeitos por vazamento de fotos da autópsia

Corregedoria da corporação apura conduta dos agentes; jornal apontou que eles foram alvos de operação

Marília Mendonça
Agentes da Polícia Civil de MG são suspeitos por vazamento de imagens da autópsia de Marília Mendonça (Foto: Reprodução/Instagram)

Um investigador, que atua na Delegacia das Mulheres de Santa Luzia, em Minas Gerais, e uma servidora do setor de toxicologia do Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte, são suspeitos pelo vazamento das imagens da autópsia da cantora Marília Mendonça. De acordo com o jornal “O Tempo”, a dupla foi alvo de uma operação realizada pela Polícia Civil na tarde da última segunda-feira (22).

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Segundo a reportagem, durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão, os policiais encontraram drogas no carro do investigador, que já tem antecedentes criminais por tráfico de drogas e receptação.

O agente foi detido, mas acabou solto algumas horas depois, pois a juíza que analisou o caso considerou que a quantidade era não era “exorbitante”. Porém, ele foi liberado com o impedimento de se ausentar da Região Metropolitana de Belo Horizonte e de comparecer em juízo sempre que for solicitado.

Ainda de acordo com o jornal, o investigador e a servidora são alvos de uma investigação da Corregedoria da Polícia Civil, pois teriam colaborado com a divulgação das imagens do exame de autópsia realizado no corpo da cantora, ocorrido em abril passado. Um jovem de 22 anos foi preso por divulgar as imagens na internet.

A Polícia Civil foi questionada sobre o vazamento das imagens da autópsia da cantora, mas destacou que o caso segue em apuração pela Corregedoria. “A PCMG salienta que não coaduna com a prática de condutas ilícitas e buscará dar a resposta adequada a sociedade”, destacou.

Em abril passado, a Corregedoria da Polícia Civil de Minas Gerais havia confirmado que instaurou um procedimento para apurar as responsabilidades sobre a divulgação das fotos do exame de necropsia, mas sem destacar quem eram os investigados.

Vazamento das imagens

O vazamento das imagens da sertaneja ocorreu no último dia 13 de abril, quando a assessoria da artista fez um apelo para que as imagens não sejam compartilhadas nas redes sociaisA gente suplica para que as pessoas não divulguem e não compartilhem esse conteúdo.”

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O caso passou a ser investigado e a polícia identificou o rapaz de 22 anos que divulgou as fotos na internet. Ele foi detido no dia 17 de abril, em Santa Maria, no Distrito Federal. Ele também é investigado por publicar fotos de autópsias de outros artistas, como Gabriel Diniz e Cristiano Araújo.

Assim, o suspeito foi denunciado pelo Ministério Público “por vilipêndio de cadáver, divulgação do nazismo, racismo e xenofobia por ter veiculado, entre junho de 2022 e de abril de 2023, mediante publicação em rede social, símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos com utilização da cruz suástica”.

Apesar da identificação do rapaz, a polícia segue investigando quem são os responsáveis pelo vazamento das imagens de dentro das instalações da corporação.

Morte de Marília Mendonça

O acidente que matou a cantora Marília Mendonça ocorreu no dia 5 de novembro de 2021, em Piedade de Caratinga, em Minas Gerais.

Marília Mendonça, a rainha da sofrência, morreu aos 26 anos (Reprodução / Instagram)

Além da artista, também morreram na tragédia o produtor Henrique Ribeiro, o tio e assessor da artista, Abicieli Silveira Dias Filho; o piloto Geraldo Martins de Medeiros; e o copiloto da aeronave Tarciso Pessoa Viana.

O avião decolou do aeroporto de Santa Genoveva, em Goiânia (GO). A cantora se apresentaria naquela mesma noite, em Caratinga.

Na ocasião, a Cemig confirmou, por meio de nota, que o bimotor atingiu um cabo de uma torre de distribuição de energia elétrica quando se aproximava do aeródromo de Ubaporanga. Em seguida, caiu no curso d’água, o que vitimou todos os ocupantes da aeronave.

A cantora, apelidada pelos fãs de Rainha da Sofrência, tinha 26 anos e colecionava vários sucessos musicais do gênero sertanejo. Ela deixou um filho.

Avião que transportava cantora Marília Mendonça (Reprodução / Redes Sociais)

Causas do acidente

A conclusão do relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) sobre a queda de avião que matou a cantora apontou que não houve falha mecânica na aeronave. No entanto, o documento destacou que as linhas de transmissão de energia elétrica da Cemig contribuíram para a tragédia, assim como a ação dos pilotos, que fizeram uma manobra “precipitada” visando o pouso.

Conforme o relatório, entre os fatores que resultaram no acidente, está uma “avaliação inadequada” da pilotagem. “No que diz respeito ao perfil de aproximação para pouso [no local], houve uma avaliação inadequada acerca de parâmetros da operação da aeronave, uma vez que a perna do vento foi alongada em uma distância significativamente maior do que aquela esperada para uma aeronave de ‘Categoria de Performance B’ em procedimentos de pouso”, destacou o Cenipa.

Segundo o Cenipa, a aproximação da aeronave “foi iniciada a uma distância significativamente maior do que aquela esperada” e “com uma separação em relação ao solo muito reduzida”. Isso significa que o avião estava mais baixo do que deveria naquele ponto.

Horas antes da divulgação do relatório do Cenipa, o advogado Robson Cunha, que defende a família de Marília Mendonça, disse em entrevista coletiva que o acidente não foi causado por erro do piloto, nem por falha mecânica.

“De modo geral, o Cenipa entende que não houve nenhum erro do piloto. Atitudes tomadas fora do plano de voo não são erradas”, ressaltou o advogado.

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