Apenas um dia após ser preso por compartilhar as fotos da autópsia da cantora Marília Mendonça, um policial de Santa Luzia foi liberado pela Justiça para responder em liberdade.
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O policial é um inspetor da Delegacia Especializada de Crimes contra a Mulher, em Santa Luzia, e teria contado com a ajuda de uma funcionária do setor de toxicologia do Instituto Médico Legal (IML) para compartilhar as imagens.
O agente já foi investigado por envolvimento com tráfico de drogas e é suspeito de vazamento do exame de necropsia de outros famosos.
A soltura do acusado ocorre no mesmo dia em que o Ministério Público do Distrito Federal confirmou que o Twitter suspendeu o perfil respnsável pela divulgação das imagens da cantora e também do cantor Cristiano Araújo.
As imagens vazaram inicialmente em grupos de WhatsApp. As fotos eram do inquérito sigiloso que a polícia conduzia sobre o acidente com a cantora, em novembro de 2021, causando revolta na família e nos fãs da artista.
A Corregedoria-Geral da Polícia Civil disse que o vazamento das imagens ocorreu diretamente pelo sistema da polícia e instaurou inquérito para apurar se havia agentes de segurança envolvidos.
As fotos exclusivas do IML foram depois postadas em uma conta do Twitter, a qual o MP pediu que fosse retirada do ar imediatamente, mas somente agora a solicitação foi atendida pela plataforma.
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A conta em questão pertenceria a um jovem de 22 anos que foi detido. Ele também é acusado de fazer ameaças de ataques em uma escola de Santa Maria, no Distrito Federal, e publicar símbolos nazistas e atos de xenofobia.
Na época do vazamento, o advogado da família de Marília Mendonça emitiu uma nota onde disse ser “inconcebível” que documentos sigilosos de inquérito policial tenham sido divulgados de forma “irresponsável, desumana e criminosa.”