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Primeiro julgamento do empresário Thiago Brennand tem data marcada; saiba qual o caso

Extraditado no fim de abril, ele responde por crimes sexuais, lesão corporal, tortura e cárcere privado

Ele segue detido nos Emirados Árabes
Empresário Thiago Brennand foi extraditado dos Emirados Árabes no último dia 29 de abril e segue preso (Reprodução/Instagram)

A Justiça marcou para a próxima terça-feira (30) o primeiro julgamento do empresário Thiago Brennand, que responde por crimes sexuais, lesão corporal, tortura e cárcere privado. Ele foi extraditado ao Brasil no fim de abril, depois de passar oito meses nos Emirados Árabes, e segue preso no Centro de Detenção Provisória I de Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo.

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Conforme o site G1, o julgamento, que ocorrerá na 2ª Vara de Porto Feliz, interior paulista, será a respeito do caso de estupro de uma norte-americana, que mora no Brasil.

Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime ocorreu depois que o empresário fez contato com a norte-americana demonstrando interesse em adquirir um cavalo. Assim, ela disse em depoimento ao Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência (NAVV) que iniciou um relacionamento com ele, marcando alguns encontros em um período de dois meses.

“Inicialmente, o homem mostrou comportamento gentil, mas depois passou a agir de maneira agressiva até chegar ao ponto de obrigar a vítima a manter com ele relações sexuais. Além disso, o empresário disse ter gravado cenas íntimas da mulher, passando a ameaçá-la com a divulgação das imagens caso ela rompesse o relacionamento”, informou a Promotoria de Porto Feliz.

Ao aceitar a denúncia e tornar o empresário réu no caso, em novembro do ano passado, a Justiça também determinou a prisão preventiva dele. No entanto, o cumprimento do mandado só ocorreu quando ele voltou ao país.

A defesa de Brennand não foi encontrada para comentar sobre o primeiro julgamento dele até a publicação desta reportagem.

Extradição

Ao todo, Thiago Brennand responde a oito processos, pelos crimes de estupro, ameaça, lesão corporal, corrupção de menores, sequestro, cárcere privado, calúnia, injúria e difamação.

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Ele passou oito meses nos Emirados Árabes e, depois que a extradição já tinha sido autorizada, ele foi detido no dia 17 de abril, quando a inteligência da polícia árabe desconfiou que ele poderia tentar fugir para a Rússia, onde tem amigos e já viveu por um período antes da pandemia de covid-19. De acordo com informações da TV Globo, ele resistiu à prisão, alegou “inocência” e disse que está sendo “injustiçado”.

Empresário Thiago Brennand ao desembarcar em São Paulo
Empresário Thiago Brennand ao desembarcar em São Paulo (Reprodução/TV Globo)

Assim, a extradição foi concretizada no último dia 29 de abril. Imagens exclusivas divulgadas pelo “Fantástico”, da TV Globo, mostraram o homem logo depois do desembarque. A reportagem também exibiu um áudio dele, no qual disse: “Eu estou podre. Estou literalmente há dois dias com a mesma roupa”, reclamou Brennand.

Quando desembarcou em um voo no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, o empresário usava um boné, máscara e tinha uma blusa cobrindo as mãos algemadas.

Ele seguiu para a carceragem da Polícia Federal, onde recebeu a visita do filho de 17 anos por cerca de 40 minutos. Ele entrou acompanhado dos advogados do acusado e saiu sem falar com a imprensa. Uma das acusações que pesa sobre Brennand é a de agredir o próprio filho.

No dia seguinte, o empresário passou por uma audiência de custódia e teve a prisão mantida. Assim, foi transferido para CDP de Pinheiros, onde permanece. A defesa dele tenta a transferência para a penitenciária de Tremembé, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo.

O empresário passou a ser investigado em agosto de 2022, quando foi filmado agredindo a modelo Helena Gomes em uma academia de luxo em São Paulo e as imagens viralizaram. Depois disso, outras vítimas passaram a procurar a polícia para denunciá-lo por crimes de agressão, estupro, cárcere privado, tortura, armazenamento ilegal de armas, entre outros.

Thiago Brennand desafiava suas vítimas a denunciá-lo, com a certeza da impunidade. Em áudios enviados a uma mulher, a qual ele acusava de difamação, o homem ironizou o risco de ser preso. “Vão me meter na cadeia, ó meu Deus”, disse.

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