Marcela de Castro Gouveia, de 37 anos, acusada de ser uma falsa médica, teve uma crise de “choro e pânico” ao ser detida em uma clínica em Perdizes, na Zona Oeste de São Paulo. Ela foi flagrada ao usar o carimbo com CRM de uma otorrinolaringologista e nutróloga, que tem o mesmo nome e sobrenome parecido, e alegou que não via problemas, já que está no meio do curso de medicina. Após pagar uma fiança no valor de R$ 50 mil, ela vai responder ao caso em liberdade.
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Ao site G1, o advogado Gustavo Polido, que defende Marcela, afirmou que tudo não se passou de uma confusão. Ele destacou que houve um equívoco nos carimbos recebidos por ela e que não houve qualquer intenção de fraude.
A defesa ainda destacou que Marcela “encontra-se em tratamento psiquiátrico e psicoterapêutico há 4 anos por quadro de transtorno misto de ansiedade e depressão” e que, no momento da prisão, teve uma “crise de pânico e choro”.
O caso aconteceu na terça-feira (30). A médica dona do CRM disse que recebeu uma denúncia na internet de que outra pessoa estava se passando por ela para fazer consultas. Assim, a profissional localizou a clínica onde a suspeita atendia como esteticista e marcou uma consulta. No momento em que Marcela usou um carimbo com os dados da vítima em uma receita, a polícia deu voz de prisão por exercício ilegal da medicina e falsidade ideológica.
“Ela aproveitou dessa característica, de serem homônimas, e começou a usar esse carimbo. Ela alterou, colocou o nome dela, mas com a numeração da vítima”, contou o delegado Felipe Nakamura ao site G1.
Ainda não há detalhes sobre o tempo em que a falsa médica atuou e quantos pacientes foram atendidos por ela.
Famosas nas redes sociais
O investigador destacou que a falsa médica era seguida por mais de 86 mil pessoas nas redes sociais, onde costumava fazer publicações tirando dúvidas sobre os procedimentos estéticos que realizava.
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“A gente acredita que ela se utilizava dessa fama, de ter muitos seguidores, de ter conhecimento técnico na área de estética, para utilizar desse carimbo, a fim de que pudesse dar maior legitimidade a sua atuação, uma vez que não detém título de médico, mas tem conhecimento dessa área de estética”, afirmou o delegado.
O Conselho Regional de Farmácia informou há um registro ativo em nome de Marcela Castro Gouveia, com “requisitos legais para atuar em saúde estética”.
Antes de pagar a fiança, a mulher alegou ter renda mensal entre R$ 20 e R$ 30 mil. Agora, ela vai responder ao caso em liberdade, mas terá que comparecer em juízo mensalmente e também está proibida de se ausentar de São Paulo sem a devida comunicação.
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