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Sucesso nos negócios: Suzane Ritchthofen vende produtos de ateliê de costura até para o Japão

Ela fez postagem na página ‘Su Entre Linhas’, que já soma mais de 28 mil seguidores no Instagram

Ela já vende até para o Japão
Suzane Richthofen segue acumulando seguidores e vendas com ateliê de costura (Reprodução/Site oficial/Su Entre Linhas)

Suzane von Richthofen, condenada por matar os próprios pais, retomou a vida no interior de São Paulo após ir para o regime aberto. Além de cursar biomedicina em uma faculdade particular, ela segue trabalhando no seu ateliê de costura, o “Su Entre Linhas”. Na página, que acumula mais de 28 mil seguidores no Instagram, a empreendedora mostrou que já envia encomendas até para o Japão (veja abaixo).

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Suzane iniciou o negócio em janeiro deste ano, depois que obteve a progressão de pena para o regime aberto e se mudou para Angatuba, no interior paulista. Ela abriu um cadastro de Microempreendedor Individual (MEI) no Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) da cidade e, desde então, comercializa as peças pela internet.

Entre os produtos vendidos estão chinelos personalizados com pedrarias, bolsas, carteiras, tudo feito à mão. “Através da costura criativa, confeccionamos e customizamos os mais diversos produtos. Com destaque aos chinelos, trazemos para as peças a essência de vestir peças únicas e exclusivas”, diz a descrição no site da loja.

No Instagram, há comentários de clientes que receberam os produtos em diversas cidades do país e também no exterior. “A minha veio aqui pro Canadá, e faz o maior sucesso. Mas antes quase que ficou encalhada em SP, porque minha irmã queria pegar pra ela”, escreveu uma seguidora.

Outras clientes também elogiam o trabalho da artesã: “Parabéns todas lindas”, “Que maravilha, estou amando a minha”, “Já estamos em nível asiático, meus parabéns Su. Só sucesso pro seu trabalho linducha (sic)”.

Concurso público

Além de seguir com o empreendedorismo, Suzane busca aprovação no concurso público da Câmara Municipal de Avaré. Conforme reportagem do site G1, o nome dela apareceu na lista de inscritos para o cadastro reserva de telefonista. A função, que exige nível fundamental, é a mais concorrida do certame, com 837 inscritos.

O cargo, com carga horária de 30 horas semanais, tem um salário inicial de R$ 5.626,33, além de benefícios como vale alimentação, planos de saúde e odontológico.

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O que para muitos é considerado um bom salário, é quase nada diante da fortuna que a família da jovem que assassinou os pais possuíam, um patrimônio total avaliado em R$ 11 milhões, em valores atualizados. Suzane foi considerada “indigna” e perdeu o direito a herança.

Estudos

Em 2020, quando ainda estava presa, Suzane obteve uma vaga no curso de gestão de turismo no Instituto Federal de Campos do Jordão, no interior paulista. No entanto, ela não foi autorizada pela Justiça a deixar o presídio para estudar.

Essa liberação veio em 2021, quando ela foi autorizada a estudar farmácia em Taubaté. No entanto, logo mudou de disciplina e passou a cursar biomedicina.

Depois que ela obteve o benefício de cumprir o restante de sua pena em liberdade, ela se mudou para Angatuba. Com isso, trancou o curso em Taubaté e pediu a transferência para a instituição em Itapetininga, que fica há pouco mais de 50 quilômetros de sua casa.

Uma colega de sala, que não quis ser identificada, contou ao site G1 que a Faculdade Sudoeste Paulista (UNIFSP) comunicou aos alunos que Suzane passaria a frequentar as aulas e que todos deveriam respeitá-la. Ela já foi flagrada em fotos circulando pela instituição e, segundo a jovem, a situação causa “desconforto”.

Procurada pela reportagem, a UNIFSP não se manifestou sobre a matrícula de Suzane. A defesa dela também não comentou sobre o assunto.

Condenação

Suzane está presa desde 2002. Ela foi inicialmente condenada a 39 anos e seis meses de prisão por participação no assassinato dos pais, o engenheiro Manfred Albert e a psiquiatra Marísia von Richthofen, atacados dentro de casa com golpes de uma barra de ferro. Segundo a Justiça, ela planejou o crime e teve a ajuda do então namorado, Daniel Cravinhos, e do irmão dele, Cristian Cravinhos, para a execução do casal.

No entanto, apesar da pena estabelecida na condenação, ela entrou com vários pedidos de revisão e conseguiu reduzir o tempo para 34 anos e 4 meses de prisão. A previsão é que ela cumpra a sentença no dia 25 de fevereiro de 2038.

Desde que foi presa, a primeira vez que ela deixou o presídio foi em março de 2016, depois de conquistar o regime semiaberto e ter direito a uma saída temporária de Páscoa.

Em setembro do ano passado ela obteve mais uma “saidinha temporária”, quando chamou a atenção por conta da aparência. Bem vestida, ela virou alvo de várias publicações nas redes sociais.

Suzane von Richthofen deixa presídio para 'saidinha' mais uma vez
Suzane von Richthofen ao deixar presídio para 'saidinha' (Reprodução/ Twitter)

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