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Família de jovem internada após cheirar pimenta obtém UTI domiciliar; saiba quando ela deve ter alta

Thais Medeiros, 25, ainda precisa de aprovação em avaliações clínicas antes de deixar o hospital

Caso aconteceu em Anápolis, Goiás
Trancista Thais Medeiros de Oliveira, de 25 anos, completou meses internada e segue em recuperação (Reprodução/Arquivo pessoal)

A família da trancista Thais Medeiros de Oliveira, de 25 anos, que teve uma crise grave de asma ao cheirar uma pimenta e quase morreu, conseguiu bater a meta de doações para montar uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) domiciliar. Assim, a jovem poderá deixar o Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), em Goiânia, e seguir o tratamento em casa. No entanto, ainda existem algumas etapas até que ela tenha alta médica.

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Em entrevista ao site G1, a mãe da jovem, Adriana Medeiros, contou que a filha ainda precisa receber alta clínica. Depois disso, será contado um prazo de 25 dias para que ela passe por um processo de reabilitação. Só aí ela deverá deixar o hospital e seguir para casa.

Adriana destacou que a vaquinha virtual superou a meta de R$ 110 mil para a montagem da UTI domiciliar e agradeceu a ajuda de todos. “A gente já tá com o quarto da Thaís pronto aqui”, destacou a mãe.

Até a manhã desta segunda-feira (19), tinham sido arrecadados mais de R$ 167 mil. Apesar de estar acima do valor necessário para adaptações na casa, a mãe diz que a vaquinha seguirá em andamento, já que os custos do tratamento da jovem seguirão elevados. “Não, ela [a vaquinha] não é suficiente, porque o tratamento da Thaís é muito longo”, disse.

Padrasto da trancista, Sérgio Alves Silva destacou que levantamentos feitos pela família indicam que o tratamento dela deverá custar em média R$ 250 mil por ano.

Estado de saúde

O padrasto também revelou quer a jovem “está reagindo muito bem” ao tratamento, mas disse que os médicos se preocupam com o surgimento de escaras, que são feridas provocadas por pressões prolongadas em determinados locais do corpo, comuns em pessoas que ficam acamadas por muito tempo.

Em quatro meses de internação, a jovem já superou vários desafios. Além de ter sofrido danos neurológicos por causa da crise grave de asma, ela enfrentou uma pneumonia e quedas bruscas de pressão. No entanto, a família dela comemora que, aos poucos, a jovem tem apresentado sinais de melhora e já consegue respirar sozinha.

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Thais segue fazendo fisioterapia e já consegue sentar e manter a coluna ereta. Além disso, ela ingere iogurtes e alimentos líquidos, mas ainda não consegue falar e está com os movimentos nas mãos e pernas bastante debilitados. A jovem também ainda não enxerga, mas os médicos acreditam que esse seja um problema passageiro.

Relembre o caso

A trancista passou mal na tarde do último dia 17 de fevereiro durante um almoço na casa do namorado. O rapaz contou que ela cheirou a pimenta e, em seguida, começou a “perder as forças”. Ela foi levada às pressas até o Hospital Evangélico Goiano (HEG), onde foi constatado que sofreu um edema cerebral.

Ao chegar no hospital, a jovem sofreu uma parada cardiorrespiratória, quando ficou cerca de sete minutos sem pulso e 15 minutos sem oxigênio. Assim, ela foi sedada e intubada para evitar danos cerebrais. Depois, foi transferida para a Santa Casa de Anápolis, onde ficou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Depois, foi transferida para um quarto, onde seguiu sua recuperação. No entanto, o diretor técnico da Santa Casa de Anápolis, Murilo Carlos Santana, ressaltou que o quadro dela era delicado.

Os médicos acreditam que a jovem sofreu uma crise de grave de asma ao cheirar a pimenta e, por conta da baixa circulação de oxigênio no cérebro, teve danos neurológicos. O condimento teria sido o gatilho.

A mãe da jovem havia dito que a filha sofria com bronquite desde que ficou grávida. “A Thais contraiu asma e bronquite no final da gravidez dela, desde então, eu venho lutando com ela. Ela tem alergia a muita coisa, só que a gente ainda não sabia. A gente ia começar um tratamento com ela no Hospital das Clínicas em Goiânia, mas, por motivo financeiro, não conseguimos continuar. Ela disse: - não, mãe, depois a gente faz”, contou ao “G1.

Segundo Adriana, por conta das crises frequentes, a filha já tinha ficado internada cinco dias com uma bactéria no pulmão. Ela se recuperou, mas era comum ter sintomas como falta de ar, tosse e corpo empolado. Apesar disso, ninguém sabia que ela poderia ter alguma reação à pimenta.

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