Em entrevista ao site G1, a mãe da jovem, Adriana Medeiros, contou que a filha ainda precisa receber alta clínica. Depois disso, será contado um prazo de 25 dias para que ela passe por um processo de reabilitação. Só aí ela deverá deixar o hospital e seguir para casa.
Adriana destacou que a vaquinha virtual superou a meta de R$ 110 mil para a montagem da UTI domiciliar e agradeceu a ajuda de todos. “A gente já tá com o quarto da Thaís pronto aqui”, destacou a mãe.
Até a manhã desta segunda-feira (19), tinham sido arrecadados mais de R$ 167 mil. Apesar de estar acima do valor necessário para adaptações na casa, a mãe diz que a vaquinha seguirá em andamento, já que os custos do tratamento da jovem seguirão elevados. “Não, ela [a vaquinha] não é suficiente, porque o tratamento da Thaís é muito longo”, disse.
Padrasto da trancista, Sérgio Alves Silva destacou que levantamentos feitos pela família indicam que o tratamento dela deverá custar em média R$ 250 mil por ano.
Estado de saúde
O padrasto também revelou quer a jovem “está reagindo muito bem” ao tratamento, mas disse que os médicos se preocupam com o surgimento de escaras, que são feridas provocadas por pressões prolongadas em determinados locais do corpo, comuns em pessoas que ficam acamadas por muito tempo.
Em quatro meses de internação, a jovem já superou vários desafios. Além de ter sofrido danos neurológicos por causa da crise grave de asma, ela enfrentou uma pneumonia e quedas bruscas de pressão. No entanto, a família dela comemora que, aos poucos, a jovem tem apresentado sinais de melhora e já consegue respirar sozinha.
Thais segue fazendo fisioterapia e já consegue sentar e manter a coluna ereta. Além disso, ela ingere iogurtes e alimentos líquidos, mas ainda não consegue falar e está com os movimentos nas mãos e pernas bastante debilitados. A jovem também ainda não enxerga, mas os médicos acreditam que esse seja um problema passageiro.
Relembre o caso
Ao chegar no hospital, a jovem sofreu uma parada cardiorrespiratória, quando ficou cerca de sete minutos sem pulso e 15 minutos sem oxigênio. Assim, ela foi sedada e intubada para evitar danos cerebrais. Depois, foi transferida para a Santa Casa de Anápolis, onde ficou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Depois, foi transferida para um quarto, onde seguiu sua recuperação. No entanto, o diretor técnico da Santa Casa de Anápolis, Murilo Carlos Santana, ressaltou que o quadro dela era delicado.
Os médicos acreditam que a jovem sofreu uma crise de grave de asma ao cheirar a pimenta e, por conta da baixa circulação de oxigênio no cérebro, teve danos neurológicos. O condimento teria sido o gatilho.
A mãe da jovem havia dito que a filha sofria com bronquite desde que ficou grávida. “A Thais contraiu asma e bronquite no final da gravidez dela, desde então, eu venho lutando com ela. Ela tem alergia a muita coisa, só que a gente ainda não sabia. A gente ia começar um tratamento com ela no Hospital das Clínicas em Goiânia, mas, por motivo financeiro, não conseguimos continuar. Ela disse: - não, mãe, depois a gente faz”, contou ao “G1″.
Segundo Adriana, por conta das crises frequentes, a filha já tinha ficado internada cinco dias com uma bactéria no pulmão. Ela se recuperou, mas era comum ter sintomas como falta de ar, tosse e corpo empolado. Apesar disso, ninguém sabia que ela poderia ter alguma reação à pimenta.
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