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Após 15 anos, Anna Carolina Jatobá deixa a prisão em SP; relembre o caso Isabella Nardoni

Madrasta condenada pela morte da menina obteve progressão para o regime aberto

Ela cumpre pena pelo assassinato da menina Isabella Nardoni
Após 15 anos presa, Anna Carolina Jatobá obteve progressão para o regime aberto (Reprodução/TV Vanguarda)

Anna Carolina Jatobá, condenada pela morte da menina Isabella Nardoni, obteve a progressão de pena para o regime aberto e deixou um presídio em Tremembé, no interior de São Paulo, na noite de terça-feira (20). A partir de agora, ela poderá trabalhar durante o dia e apenas dormir em um local chamado Casa de Albergado.

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Anna Carolina e Alexandre Nardoni, madrasta e pai de Isabella, respectivamente, foram condenados pelo assassinato da garota, que tinha cinco anos. Ela foi morta e jogada da janela de um apartamento, na Zona Norte da capital paulista, em março de 2008.

O julgamento do casal ocorreu em 2010, quando a madrasta pegou 26 anos de prisão. Desde então, ela cumpria pena na Penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, a P1 feminina de Tremembé. Ela trabalhou como costureira na cadeia e isso ajudou a reduzir sua pena. Em 2017, obteve a progressão para o regime semiaberto, no qual era beneficiada com saidinhas temporárias.

Recentemente, a defesa de Anna Carolina pediu a progressão para o regime aberto, mas o juízo de execução penal havia exigido a realização do Teste de Rorschach, que é uma avaliação psicológica. Os advogados dela recorreram ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) alegando que ela já foi submetida a um exame criminológico há cinco meses e que a manutenção dela em regime fechado representava um “constrangimento ilegal”.

O STJ, por sua vez, determinou no mês passado que a Justiça de São Paulo voltasse a analisar o pedido da defesa da presa, o que foi feito agora pela juíza Márcia Domingues de Castro, da 2ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté. A magistrada concedeu o benefício e ela foi liberada do presídio.

Ao site G1, a defesa de Anna Carolina destacou que a soltura dela era “natural que acontecesse” e que “não foi uma surpresa”.

Já o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) destacou que não pode passar detalhes do caso, pois ele corre em sigilo.

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Assim estaria Isabella Nardoni, com 19 anos, se ainda estivesse ainda
Isabella Nardoni tinha cinco anos quando foi assassinada pelo pai e pela madrasta Reprodução

Morte de Isabella Nardoni

Isabella Nardoni tinha cinco anos quando foi jogada pelo pai e pela madrasta da janela de um apartamento que ficava no sexto andar do Edifício London, no dia 29 de março de 2008.

Inicialmente eles alegaram que foi uma queda acidental, mas a investigação apurou que a criança apresentava marcas de que tinha sido agredida e morta antes de ser arremessada.

O Ministério Público destacou durante o julgamento do casal que as provas periciais obtidas pela Polícia Civil não deixavam dúvidas sobre a autoria do assassinato. A acusação destacou que a madrasta esganou Isabella e, em seguida, o casal cortou a tela de proteção da janela e o pai jogou o corpo da filha.

Mesmo após a condenação, ambos negam o crime. Eles alegam que uma outra pessoa entrou na residência e matou a criança.

Ele se dedica aos estudos na cadeia
Alexandre Nardoni, condenado por matar a filha, Isabella, segue cumprindo pena em Tremembé, no interior de SP (Reprodução)

Situação de Alexandre Nardoni

Alexandre Nardoni foi condenado a 30 anos de prisão e cumpre pena na Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, conhecida como P2 de Tremembé. Em 2019, ele também já obteve o benefício do regime semiaberto, podendo fazer saidinhas temporárias.

Quatro meses depois o benefício foi revogado e ele não pôde deixar o presídio no Dia dos Pais daquele ano. No entanto, a defesa dele recorreu ao STJ e conseguiu reverter a situação, mantendo o regime semiaberto. Apesar do benefício, ele se dedica a estudos dentro do próprio presídio.

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