O jovem de 21 anos que invadiu um colégio em Cambé, no Paraná, e matou dois estudantes a tiros, foi encontrado morto na cadeia na noite de terça-feira (20). Ele estava na Casa de Custódia de Londrina desde segunda-feira (19), data do atentado, e foi achado sem vida.
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De acordo com o portal “Metrópoles”, um colega de cela pediu socorro dizendo que se deparou com o rapaz enforcado. O socorro foi chamado, mas o médico constatou que o rapaz já estava morto.
A Secretaria de Segurança Pública do Paraná confirmou que o atirador foi achado sem vida, mas não informou qual a causa da morte. A pasta disse que o Departamento de Polícia Penal instaurou um procedimento interno para apurar o que aconteceu. Segundo o site G1, secretaria destacou que o jovem era esquizofrênico e fazia tratamento para a doença.
O rapaz foi preso na segunda-feira, depois que foi ao Colégio Estadual Professora Helena Kolody, onde tinha estudado, alegando que iria falar com a direção para solicitar alguns documentos, como seu histórico escolar. No entanto, quando já estava lá dentro, sacou uma arma e disparou contra os estudantes.
O casal Karoline Verri Alves, de 17 anos, e Luan Augusto, de 16, que jogavam ping-pong em um pátio, foram atingidos pelos tiros. A garota morreu na hora. Já o namorado chegou a ser socorrido e levado a um hospital na cidade, mas também não resistiu aos ferimentos e morreu no dia seguinte.
Antecedentes
O atirador já tinha feito um ataque com faca em uma outra escola, no ano passado, quando chegou a ser denunciado pelo Ministério Público. Na época, a Polícia Militar foi acionada, mas ele fugiu e não chegou a ser preso.
Agora, depois de preso, ele disse à polícia que não conhecia as vítimas e que cometeu o ataque como forma de retaliação pelo que sofreu na escola no passado. Ele teria planejado a ação por pelo menos quatro anos e pretendia matar o maior número de vítimas.
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Ainda na noite de segunda-feira, a polícia prendeu um segundo suspeito de envolvimento no caso. Ele teria ajudado o atirador a planejar o atentado. Não foram divulgados mais detalhes sobre a participação do detido.
Idoso conteve atirador
O prestador de serviços Joel de Oliveira, de 62 anos, afirma que fingiu ser um policial para imobilizar e impedir que o atirador fizesse mais vítimas.
“Falei: ‘sou policial, para’. Aí consegui dominar ele lá, deitei ele no chão e segurei até a polícia chegar. Não tive medo, na hora eu vim tentar salvar mais crianças”, disse o idoso em entrevista ao site G1.
Joel disse que trabalhava ao lado da escola quando ouviu o barulho dos tiros e o desespero dos alunos. Assim, correu para o local. “Eu ouvi o tiro lá dentro, eu entrei ali e vi o que podia fazer pra salvar as crianças, porque estava todo mundo correndo, aí senti que tinha que fazer alguma coisa”, contou.
Dentro da escola, o idoso disse que parou bem em frente ao atirador, que disparava contra uma vidraça. O idoso estava com um celular na mão e acredita que o rapaz pensou que se tratava de uma arma. Depois disso, ele acabou rendido até a chegada da Polícia Militar.
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