Sonares em aviões e barcos que varrem a região onde desapareceu o submarino Titan, no Atlântico Norte, detectaram batidas com intervalos de 30 minutos e sinais acústicos que podem indicar que a tripulação ainda está viva e tentando se comunicar.
ANÚNCIO
O submarino Titan perdeu comunicação com o barco de apoio na manhã de domingo, quase duas horas após iniciar a descida com um grupo de turistas para visitar os destroços do famoso transatlântico Titanic, que está localizado a cerca de 600 quilômetros de Terra Nova, no Canadá, e a 4 mil metros de profundidade.
A Guarda Costeira dos Estados Unidos e do Canadá realizam operação conjunta com barcos e aviões para tentar encontrar vestígios ou pistas que indiquem a localização do submersível, que possuía 96 horas de oxigênio quando iniciou a descida no mar, mas agora está bem perto do fim.
Em função da detecção de sinais sonoros, todas as buscas estão sendo concentradas no local com a utilização de ROVs (veículos operados de forma remota) e as equipes de busca ainda têm esperança de encontrar sobreviventes.
O mergulho aos destroços do Titanic com cinco passageiros através do submersível Titan custou US$ 250 mil (cerca de R$ 1,3 milhão) para cada passageiro e é feito pela empresa americana OceanGate.
Entre os passageiros que viajavam no submarino estavam o bilionário britânico Hamish Harding, presidente da empresa de jatos particulares Action Aviation, o empresário paquistanês Shahzada Dawood, vice-presidente do conglomerado Engro, e seu filho, Suleman, o mergulhador francês Paul-Henri Nargeolet, e especialista nos destroços do Titanic, e Stockton Rush, CEO da OceanGate Expeditions.
Os destroços do Titanic foram descobertos em 1985 e desde então tem sido visitado por caçadores de recompensa. O transatlântico afundou na viagem inaugural, em 1912, após colidir com um iceberg, matando 1,5 mil dos 2.224 passageiros a bordo.