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Terceiro suspeito por ataque a escola no Paraná é preso durante operação policial em Pernambuco

Ataque resultou na morte de dois estudantes; atirador também foi achado morto em cela de cadeia

Uma operação da Polícia Civil prendeu o terceiro suspeito de envolvimento no ataque ao Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, no Paraná. Conforme a Secretaria de Segurança Pública paranaense, se trata de um jovem de 18 anos, que foi encontrado em Gravatá, no interior do Pernambuco.

“Na tarde desta quarta-feira (21) um outro homem, de 18 anos, foi preso por suspeita de ligação com o episódio ocorrido em Cambé. A captura ocorreu em Gravatá, no estado do Pernambuco, após expedição de mandado de prisão solicitado pela Polícia Civil do Paraná. O cumprimento contou com auxílio de policiais daquele estado. As investigações da PCPR sobre esse caso seguem em andamento”, destacou a pasta, em nota.

Detalhes sobre o envolvimento do suspeito no caso não foram revelados. A prisão dele ocorreu depois que o rapaz de 21 anos, que invadiu e atirou contra os alunos na escola, foi encontrado morto em uma cela na Casa de Custódia de Londrina. Além da dupla, um outro homem, também de 21 anos, já tinha sido preso por suspeita de participação no atentado.

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Morte na cadeia

O jovem de 21 anos foi preso na segunda-feira (19), data em que invadiu o Colégio Estadual Professora Helena Kolody, onde já tinha estudado, e atacou os estudantes a tiros. Ele foi levado para a Casa de Custódia de Londrina, onde foi achado morto na noite de terça-feira.

De acordo com o portal “Metrópoles”, um colega de cela pediu socorro dizendo que se deparou com o rapaz enforcado. O socorro foi chamado, mas o médico constatou que o rapaz já estava morto.

A Secretaria de Segurança Pública do Paraná confirmou que o atirador foi achado sem vida, mas não informou qual a causa da morte. A pasta disse que o Departamento de Polícia Penal instaurou um procedimento interno para apurar o que aconteceu. Segundo o site G1, secretaria destacou que o jovem era esquizofrênico e fazia tratamento para a doença.

O atirador já tinha feito um ataque com faca em uma outra escola, no ano passado, quando chegou a ser denunciado pelo Ministério Público. Na época, a Polícia Militar foi acionada, mas ele fugiu e não chegou a ser preso.

Agora, depois de preso, ele disse à polícia que não conhecia as vítimas e que cometeu o ataque como forma de retaliação pelo que sofreu na escola no passado. Ele teria planejado a ação por pelo menos quatro anos e pretendia matar o maior número de vítimas.

Relembre o caso

O atirador foi ao Colégio Estadual Professora Helena Kolody alegando que iria falar com a direção para solicitar alguns documentos, como seu histórico escolar. No entanto, quando já estava lá dentro, sacou uma arma e disparou contra os estudantes.

O casal Karoline Verri Alves, de 17 anos, e Luan Augusto, de 16, que jogava ping-pong em um pátio, foram atingidos pelos tiros. A garota morreu na hora. Já o namorado chegou a ser socorrido e levado a um hospital na cidade, mas também não resistiu aos ferimentos e morreu no dia seguinte.

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O prestador de serviços Joel de Oliveira, de 62 anos, afirma que fingiu ser um policial para imobilizar e impedir que o atirador fizesse mais vítimas. “Falei: ‘sou policial, para’. Aí consegui dominar ele lá, deitei ele no chão e segurei até a polícia chegar. Não tive medo, na hora eu vim tentar salvar mais crianças”, disse o idoso em entrevista ao site G1.

Joel disse que trabalhava ao lado da escola quando ouviu o barulho dos tiros e o desespero dos alunos. Assim, correu para o local. “Eu ouvi o tiro lá dentro, eu entrei ali e vi o que podia fazer pra salvar as crianças, porque estava todo mundo correndo, aí senti que tinha que fazer alguma coisa”, contou.

Dentro da escola, o idoso disse que parou bem em frente ao atirador, que disparava contra uma vidraça. O idoso estava com um celular na mão e acredita que o rapaz pensou que se tratava de uma arma. Depois disso, ele acabou rendido até a chegada da Polícia Militar.

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