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Submarino Titan: família de paquistaneses mortos em expedição ao Titanic expressa ‘profunda dor’

Após achar detritos, empresa responsável pelo submersível confirmou morte dos cinco passageiros

Titán.
Familiares lamentam a morte de Shahzada Dawood, de 48 anos, e seu filho Suleman, de 19, que estavam em submarino (Foto: Especial)

Após a empresa de turismo OceanGate Expedition, responsável pelo submersível Titan, que desapareceu horas após iniciar sua viagem para visitar o naufrágio do Titanic, confirmar a morte dos cinco passageiros, os familiares das vítimas começaram a se pronunciar. Entre elas estavam o magnata de tecnologia Shahzada Dawood, de 48 anos, e seu filho Suleman, de 19, que tinham cidadania paquistanesa e britânica.

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Pai e filho integram uma família responsável por um dos conglomerados industriais de maior sucesso no Paquistão. Em um comunicado, a Fundação Dawood, que administra as ações filantrópicas do grupo, divulgou uma nota lamentando a tragédia.

”É com profunda dor que anunciamos o falecimento de Shahzada e Suleman Dawood”, diz o texto. “Nós estendemos nossas sinceras condolências às famílias dos outros passageiros do submersível Titan”, acrescenta a nota, assinada por Hussain e Kulsum Dawood, pais de Shahzada.

“Estamos sinceramente agradecidos a todos os envolvidos nas operações de resgate. Seus esforços incansáveis foram uma fonte de força para nós durante este período”, concluiu o texto.

A empresa Engro, da qual Shahzada era vice-presidente, também divulgou uma nota destacando estar em luto “por seu amado filho”.

Titan, el submarino de OceanGate
Submarino Titan fazia uma expedição rumo ao Titanic quando desapareceu

Localização dos destroços

A confirmação das mortes pela OceanGate ocorreu depois que analistas disseram acreditar que os destroços encontrados por um submarino-robô da Guarda Costeira dos Estados Unidos na área de busca são da parte externa do submergível, entre eles uma estrutura de pouso e uma tampa traseira da embarcação.

O submarino partiu para sua viagem de quase 4 km entre a superfície e os restos do Titanic na manhã de domingo (18), e horas depois perdeu a comunicação com o barco que dava apoio à operação.

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Desde então, navios, aviões e submarinos controlados por controle remoto varriam a região em busca do submarino. Na quinta-feira (22), dia em que supostamente acabaria o oxigênio dos tripulantes, foi encontrado um campo de destroços próximo ao naufrágio do Titanic.

A Guarda Costeira dos Estados Unidos também assumiu oficialmente a morte de todos os passageiros, que ao que tudo indica foram vítimas da implosão do submersível por alguma falha técnica ou acidente inesperado. Segundo a Guarda, é possível que os corpos dos mortos nunca sejam recuperados devido à dificuldade de se operar em tal profundidade.

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A expedição

Cinco pessoas participavam da expedição rumo ao Titanic, além de Shahzada e Suleman. Também estavam a bordo o fundador e CEO da OceanGate, Stockon Rush, o bilionário britânico Hamish Harding, e o famoso explorador do Titanic Paul-Henri Nargeolet.

Construído com fibra de carbono e titânio para suportar a pressão em altas profundidades, o Titan tinha 6 metros e pesava cerca de 10 toneladas e já havia realizado a viagem turística aos restos do Titanic algumas vezes entre 2021 e 2022 com sucesso.

Esta última viagem tinha custado a cada um dos passageiros o valor de US$ 250 mil (cerca de R$ 1,2 milhão) pelo passeio que tem duração de oito dias, desde o embarque e viagem até o local do naufrágio, a cerca de 600 km da costa do Canadá, o mergulho e o retorno para casa.

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