O maquinista da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) Ricardo de Oliveira Dias, de 45 anos, que matou um colega a tiros e feriu outro, na Estação da Luz, em São Paulo, teve a prisão temporária decretada, mas segue foragido. Ele, que é ex-policial militar, alegou que sofria bullying antes de cometer o crime, segundo o relato de testemunhas.
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O caso aconteceu na tarde do último domingo (25), em uma área interna na estação. Uma das vítimas, Marco Antonio da Silva, de 51 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital. O outro funcionário, de 53 anos, sofreu ferimentos no pé e está fora de perigo. Um vídeo divulgado pelo site UOL mostra os momentos logo após o crime, quando era realizado o socorro (veja abaixo).
Conforme testemunhas relataram ao site G1, antes de atirar contra Marco Antônio, o maquinista teria dito: “Eu quero ver você tirar sarro”. Na sequência, ele baleou o outro funcionário que sobreviveu ao ataque.
“Os maquinistas estavam em uma sala, quando Ricardo chegou com a arma escondida em uma mochila. Então, ele foi perto do Marco e falou ‘eu quero ver você tirar sarro’ e aí atirou. Os que estavam no local e viram a cena me disseram que foi uma correria e gritaria só. Alguns se esconderam no banheiro e em salas. Foi um desespero”, afirmou um funcionário, que prefere não ser identificado.
“Eu estava trabalhando no dia, mas em outra estação. Foi um susto. O atirador é ex-policial militar e sempre estava armado, e já havia intimidado outro colega no passado. Estão sendo dias difíceis e muitos já apresentavam sinais de depressão, agora deve ficar pior. Por enquanto a empresa não se prontificou a apoiar psicologicamente os colegas da tração”, afirmou outra funcionária.
Ricardo pediu exoneração da PM em 2006 e trabalhava como maquinista na CPTM desde 2010.
Investigação
O caso segue sendo investigado no 2° Distrito Policial do Bom Retiro. Até a manhã desta terça-feira (27), o autor do crime ainda não tinha sido localizado. A Polícia Civil diz que a motivação ainda é apurada.
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Em nota, a CPTM lamentou o caso e disse que “acionou a Polícia Militar e vai colaborar com a autoridade policial para elucidar o caso”.
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