A Polícia Civil cumpriu um mandado de busca e apreensão em endereços ligados ao maquinista Ricardo de Oliveira Dias, de 45 anos, que matou um colega e feriu outro na Estação da Luz, em São Paulo. O homem, que é ex-policial militar, fugiu após o crime e segue sendo procurado. Na casa dele, os policiais apreenderam uma arma e milhares de munições de diferentes calibres.
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Segundo o site G1, os agentes estiveram na residência do fugitivo, na capital paulista, além da casa de parentes dele em Pouso Alegre, em Minas Gerais, na segunda-feira (26). A polícia pediu a prisão temporária dele, o que ainda é analisado pela Justiça.
Conforme a delegada que apura o caso, mesmo sendo ex-PM, o maquinista não tem liberação para usar armas. Ele pediu exoneração da Polícia Militar em 2006 e trabalhava como maquinista na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) desde 2010. Assim, além do homicídio e tentativa de homicídio, ele deverá responder também por porte ilegal de arma de fogo.
O caso aconteceu na tarde do último domingo (25), em uma área interna na estação. Uma das vítimas, Marco Antonio da Silva, de 51 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital. O outro funcionário, de 53 anos, sofreu ferimentos no pé e está fora de perigo.
Um vídeo divulgado pelo site UOL mostra os momentos logo após o crime, quando era realizado o socorro (veja abaixo).
Em nota, a CPTM lamentou o caso e disse que “acionou a Polícia Militar e vai colaborar com a autoridade policial para elucidar o caso”.
Bullying
Conforme testemunhas relataram ao site G1, antes de atirar contra Marco Antônio, o maquinista alegou que sofria bullying e teria dito: “Eu quero ver você tirar sarro”. Na sequência, ele baleou o outro funcionário que sobreviveu ao ataque.
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“Os maquinistas estavam em uma sala, quando Ricardo chegou com a arma escondida em uma mochila. Então, ele foi perto do Marco e falou ‘eu quero ver você tirar sarro’ e aí atirou. Os que estavam no local e viram a cena me disseram que foi uma correria e gritaria só. Alguns se esconderam no banheiro e em salas. Foi um desespero”, afirmou um funcionário, que prefere não ser identificado.
“Eu estava trabalhando no dia, mas em outra estação. Foi um susto. O atirador é ex-policial militar e sempre estava armado, e já havia intimidado outro colega no passado. Estão sendo dias difíceis e muitos já apresentavam sinais de depressão, agora deve ficar pior. Por enquanto a empresa não se prontificou a apoiar psicologicamente os colegas da tração”, afirmou outra funcionária.
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