A Justiça do Rio de Janeiro negou recurso das defesas e manteve a decisão que mandou a júri popular o ex-vereador Dr. Jairinho e a pedagoga Monique Medeiros, acusados pela morte do menino Henry Borel, ocorrida em março de 2021. Além disso, a sessão na 7ª Câmara Criminal ainda terminou com mais crimes adicionados à denúncia contra o casal.
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Os desembargadores da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro analisaram o caso na terça-feira (27) e ainda negaram um pedido de liberdade para Jairinho, que segue preso. No entanto, ele conseguiu retirar da acusação o motivo torpe. Assim, agora o ex-vereador responde por homicídio qualificado com emprego de tortura e recurso que impossibilite a defesa da vítima, além de coação de testemunhas no curso do processo.
Já Monique, que está em liberdade e respondia por homicídio e omissão, passou a ser acusada por homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima; tortura por omissão relevante e coação de testemunhas no curso do processo.
“Caberá ao cidadão jurado responder aos questionamentos feitos no processo”, leu Joaquim Domingos de Almeida Neto sobre a decisão dos réus irem a júri popular. Agora, a 2ª Vara Criminal está apta para marcar a data que os dois vão a júri popular.
Relembre o caso
Na madrugada do dia 8 de março de 2021, o garoto Henry Borel, de 4 anos, de entrada em um hospital na Zona Oeste do Rio de Janeiro inconsciente e foi considerado morto momentos depois.
Na ocasião, ele estava no apartamento em que sua mãe, Monique Medeiros, morava na companhia de seu padrasto, o ex-vereador Dr. Jairinho. Segundo o casal, o menino teria sofrido um acidente doméstico, ou melhor, tinha caído da cama, que gerou hemorragia e as lesões que levaram à sua morte.
Após uma intensa investigação e a análise realizada pelos médicos, ficou comprovado que a causa da morte de Henry foi hemorragia interna com laceração hepática no fígado em decorrência de uma ação empregada por força violenta.
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Monique e Jairinho foram presos logo depois. Em depoimento, o ex-vereador negou o crime. A mulher chegou a alegar que vivia um relacionamento abusivo e que não tinha ciência de que o filho era agredido pelo padrasto. No entanto, mensagens enviadas à ela pela babá do garoto mostraram que ela sabia sim que o homem costumava agredir a vítima.
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