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Jovem que quase morreu após cheirar pimenta tem alta adiada novamente; saiba o estado de saúde

Família obteve doações e montou UTI domiciliar, mas ela precisa concluir nova etapa de tratamento

Ela sofre de asma
Thais Medeiros de Oliveira, de 25 anos, está internada há mais de quatro meses após crise grave de asma (Reprodução/Arquivo pessoal)

A trancista Thais Medeiros de Oliveira, de 25 anos, que teve uma crise grave de asma ao cheirar uma pimenta e quase morreu, em Goiás, teve a alta médica adiada mais uma vez. A família dela obteve doações e montou uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) domiciliar para receber a jovem, mas ela teve uma piora do quadro de saúde e precisa passar por uma nova etapa de tratamento antes de ser liberada pelos médicos.

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Mãe de Thais, Adriana Medeiros contou, em publicação nas redes sociais, que a filha foi diagnosticada com infecção de urina e também com um fungo, durante exame realizado na última quarta-feira (28). Assim, ela passou a receber antibióticos, mas o quadro de saúde é estável.

“Mais uma vez não vamos para casa, a previsão de alta dela seria para o dia 14 [de junho], mas vamos continuar com fé. Obrigada pelas orações e pelas ajudas”, disse Adriana.

A mãe ressaltou que a filha passará por uma nova bateria de exames quando finalizar essa nova etapa de tratamento e, se estiver em condições, aí sim poderá receber alta. Por enquanto, ela segue em atendimento no Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação (Crer), em Goiânia.

Na semana passada, a mãe da trancista contou que a vaquinha virtual superou a meta de R$ 110 mil para a montagem da UTI domiciliar para a jovem. “A gente já tá com o quarto da Thaís pronto aqui”, destacou a mãe. Ao todo, foram arrecadados mais de R$ 172 mil.

Ela segue internada em Goiás
Thais Medeiros de Oliveira, de 25 anos, ainda segue em processo de recuperação, em Goiânia (Reprodução/Redes sociais)

Desafios e superações

No último dia 17, Thais completou quatro meses internada. Nesse período, além de ter sofrido danos neurológicos por causa da crise grave de asma, ela enfrentou uma pneumonia e quedas bruscas de pressão. No entanto, a família dela comemora que, aos poucos, a jovem tem apresentado sinais de melhora e já consegue respirar sozinha.

Thais segue fazendo fisioterapia e já consegue sentar e manter a coluna ereta. Além disso, ela ingere iogurtes e alimentos líquidos, mas ainda não consegue falar e está com os movimentos nas mãos e pernas bastante debilitados. A jovem também ainda não enxerga, mas os médicos acreditam que esse seja um problema passageiro.

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Vídeos postados pela mãe nas redes sociais mostram que a jovem reage ao ouvir o nome das duas filhas e também ao ter notícias de parentes.

Relembre o caso

A trancista passou mal na tarde do último dia 17 de fevereiro durante um almoço na casa do namorado. O rapaz contou que ela cheirou a pimenta e, em seguida, começou a “perder as forças”. Ela foi levada às pressas até o Hospital Evangélico Goiano (HEG), onde foi constatado que sofreu um edema cerebral.

Ao chegar no hospital, a jovem sofreu uma parada cardiorrespiratória, quando ficou cerca de sete minutos sem pulso e 15 minutos sem oxigênio. Assim, ela foi sedada e intubada para evitar danos cerebrais. Depois, foi transferida para a Santa Casa de Anápolis, onde ficou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Depois, foi transferida para um quarto, onde seguiu sua recuperação. No entanto, o diretor técnico da Santa Casa de Anápolis, Murilo Carlos Santana, ressaltou que o quadro dela era delicado.

Os médicos acreditam que a jovem sofreu uma crise de grave de asma ao cheirar a pimenta e, por conta da baixa circulação de oxigênio no cérebro, teve danos neurológicos. O condimento teria sido o gatilho.

A mãe da jovem havia dito que a filha sofria com bronquite desde que ficou grávida. “A Thais contraiu asma e bronquite no final da gravidez dela, desde então, eu venho lutando com ela. Ela tem alergia a muita coisa, só que a gente ainda não sabia. A gente ia começar um tratamento com ela no Hospital das Clínicas em Goiânia, mas, por motivo financeiro, não conseguimos continuar. Ela disse: - não, mãe, depois a gente faz”, contou.

Segundo Adriana, por conta das crises frequentes, a filha já tinha ficado internada cinco dias com uma bactéria no pulmão. Ela se recuperou, mas era comum ter sintomas como falta de ar, tosse e corpo empolado. Apesar disso, ninguém sabia que ela poderia ter alguma reação à pimenta.

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