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“Confusa e estranha”, diz delegado sobre versão de sequestro contada pela mãe de menina, em SP

Mulher afirma que vendia balas em um semáforo, quando ocupantes de Celta sedan cinza raptaram criança

A Polícia Civil continua a procurar pela menina de 2 anos, identificada apenas como Isabela, que teria sido sequestrada na região de Santo Amaro, na Zona Sul de São Paulo. No entanto, o delegado Marcel Druziani, titular do 11º Distrito Policial, colheu o depoimento da mãe da criança e afirmou que a história relatada por ela é “confusa e estranha”.

Ao portal “Metrópoles”, o investigador pediu cautela no caso. “É uma história muito confusa. Muito estranha. Está muito no começo. É muito difícil de dar uma opinião. Tem que ter calma”, disse Druziani. “É uma situação muito anômala. Não é o tipo de sequestro que a gente costuma ver”, ressaltou ele.

A mãe de Isabela, Evanisa Vieira da Silva, de 35 anos, contou à polícia que vendia balas em um semáforo, por volta das 22h de sexta-feira (30), quando um Celta sedan cinza se aproximou e os ocupantes levaram a criança. No entanto, deu informações divergentes sobre o local em que a menina teria sido levada.

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“Ela deu dois endereços diferentes de onde teria ocorrido o fato. Próximos, mas diferentes”, afirmou o delegado, que ressaltou que as investigações seguem em andamento.

Até o início da tarde desta segunda-feira (3), Isabela continuava desaparecida.

Mais divergências

Ainda segundo a reportagem do “Metrópoles”, o relato de Evanisa também causou estranhamento no advogado Fabio Costa, que representa a família. Segundo ele, a mulher não disse que estava vendendo balas, mas que tinha ido até lá para “encontrar uma amiga”.

“Ela foi até esse local onde houve o sequestro porque, segundo ela, uma amiga ofereceu uma cesta básica para ela. Segundo a mãe, essa amiga estava junto no momento do crime. A primeira suspeita é essa, que essa amiga tenha tramado algo e levado ela para esse local”, afirmou o advogado.

“Eu falei para ela que essa história precisa ser mais bem explicada. Eu não consegui entender ainda. Ela vende bala em um determinado local. A 100 metros desse local tem o terminal que ela volta para casa. Nesse dia especificamente, ela foi até esse local que fica a cerca de 500 metros de onde ela vende bala”, completou.

Ainda segundo o defensor, o pai de Isabela, Gilson Santos Nascimento, também está confuso com a versão da mulher e quer saber o que ela fazia quando a filha desapareceu. “Hoje, quando cheguei na residência, o pai estava tendo uma discussão acalorada com a mãe da Isabela. Ele estava questionando: ‘Por que você foi a esse lugar?’”, relatou Costa.

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