Após ter a alta médica adiada mais uma vez, a trancista Thais Medeiros de Oliveira, de 25 anos, que teve uma crise grave de asma ao cheirar uma pimenta e quase morreu, em Goiás, recebeu uma visita especial neste fim de semana. As filhas dela, Valentina e Antonella, estiveram no hospital e cantaram para a mãe (assista abaixo).
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“Anjos existem. Deus quem criou. Beleza eterna. Anjos de amor. Nada que eu diga pode explicar o que eu sinto por te amar. Mãe, você é o presente que ganhei quando nasci. O seu abraço bem forte, ô mãe, faz o meu medo sumir. Mãe, hoje eu te agradeço por cuidar tanto de mim”, cantavam as meninas.
Nas imagens, é possível ver que uma das garotas fazia carícias na cabeça de Thais, que reagiu com um “suspiro”. Na legenda do vídeo, aparecia a mensagem: “Mamãe ama demais e, em nome de Jesus, logo estará em casa junto de vocês”.
Na semana passada, a mãe da trancista, Adriana Medeiros, contou que a alta médica da jovem foi adiada mais uma vez depois que ela foi diagnosticada com infecção de urina e também com um fungo. Assim, ela iniciou um tratamento com antibióticos.
“Mais uma vez não vamos para casa, a previsão de alta dela seria para o dia 14 [de junho], mas vamos continuar com fé. Obrigada pelas orações e pelas ajudas”, disse a mãe.
Adriana ressaltou que a filha passará por uma nova bateria de exames quando finalizar essa nova etapa de tratamento e, se estiver em condições, aí sim poderá receber alta. Por enquanto, ela segue em atendimento no Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação (Crer), em Goiânia.
Quando puder ter alta, ela seguirá em atendimento em uma UTI domiciliar montada pela família, a partir de doações obtidas por meio de uma vaquinha virtual.
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Mãe desabafa sobre batalhas
Também no fim de semana, Adriana Medeiros fez uma postagem no Instagram na jovem ressaltando que “tem muito orgulho dos seus filhos” e de como sente falta de estar com a jovem em casa. No último dia 17, Thais completou quatro meses internada.
“Filha te amo muito só eu e Deus sabe o tanto que estou sendo forte para enfrentar tudo isso, você sempre será minha minha princesinha. Às vezes nos perdemos tempo com tantas coisas banal que esquecemos o mais importante, que dentro de uma casa nossa família e tudo que temos de mais precioso, hoje eu sinto tanta falta de nossa família juntas éramos felizes e não nos demos conta disso”, escreveu.
“A mamãe seu tio Sérgio estão se desdobrando para cuidar da suas duas filhas que vc faria tudo por elas, vc brigaria com qualquer um q atravesse no seu caminho vc e uma leoa e eu tenho muito orgulho dos dois filhos q eu tenho. Te amo Thais Medeiros e Gabriel Medeiros, eu iria do céu ao inferno se preciso for”, ressaltou Adriana.
Relembre o caso
A trancista passou mal na tarde do último dia 17 de fevereiro durante um almoço na casa do namorado. O rapaz contou que ela cheirou a pimenta e, em seguida, começou a “perder as forças”. Ela foi levada às pressas até o Hospital Evangélico Goiano (HEG), onde foi constatado que sofreu um edema cerebral.
Ao chegar no hospital, a jovem sofreu uma parada cardiorrespiratória, quando ficou cerca de sete minutos sem pulso e 15 minutos sem oxigênio. Assim, ela foi sedada e intubada para evitar danos cerebrais. Depois, foi transferida para a Santa Casa de Anápolis, onde ficou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Depois, foi transferida para um quarto, onde seguiu sua recuperação. No entanto, o diretor técnico da Santa Casa de Anápolis, Murilo Carlos Santana, ressaltou que o quadro dela era delicado.
Os médicos acreditam que a jovem sofreu uma crise de grave de asma ao cheirar a pimenta e, por conta da baixa circulação de oxigênio no cérebro, teve danos neurológicos. O condimento teria sido o gatilho.
A mãe da jovem havia dito que a filha sofria com bronquite desde que ficou grávida. “A Thais contraiu asma e bronquite no final da gravidez dela, desde então, eu venho lutando com ela. Ela tem alergia a muita coisa, só que a gente ainda não sabia. A gente ia começar um tratamento com ela no Hospital das Clínicas em Goiânia, mas, por motivo financeiro, não conseguimos continuar. Ela disse: - não, mãe, depois a gente faz”, contou.
Segundo Adriana, por conta das crises frequentes, a filha já tinha ficado internada cinco dias com uma bactéria no pulmão. Ela se recuperou, mas era comum ter sintomas como falta de ar, tosse e corpo empolado. Apesar disso, ninguém sabia que ela poderia ter alguma reação à pimenta.
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