A advogada criminalista Maira Pinheiro tornou públicas uma série de ameaças e ofensas feitas por fãs e seguidores do ex-BBB Felipe Prior, condenado por estupro na última semana.
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Conforme publicado pelo G1, ela chegou a receber mais de 20 ligações anônimas durante uma madrugada, terminando em um diálogo com tons de ameaça contra ela e as mulheres que denunciaram Prior em 2020, após sua participação no Big Brother Brasil.
Em relato, a advogada revela que desde quando o processo foi iniciado diversas ameaças e mensagens de ódio foram recebidas por meio de suas redes sociais e contatos pessoais, todos feitos por fãs do ex-BBB.
“Minhas redes sociais chegavam a ter mais de 100 mensagens, todas de ataque, de ódio, me xingando com palavras machistas, me atacando no exercício da profissão”, revela.
“Isso faz parte do jogo né? A gente não tem medo de fanático. Foram ofensas como vagabunda, vadia, esse tipo de palavra. Porque é isso que nós mulheres somos quando desagradamos o patriarcado”.
Vítimas também foram alvo
Segundo a advogada, as mensagens de ódio em questão foram direcionadas somente às mulheres que atuam na defesa das vítimas. Homens que atuaram no caso não receberam o mesmo tipo de ofensa.
“Para as mulheres é mais comum ser atacada no exercício da profissão do que para os homens”.
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Além das advogadas, as mulheres que denunciaram Felipe Prior também receberam diversos ataques nas redes sociais, sendo acusadas de “inventar um crime” para “aproveitar a fama” do ex-BBB.
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“Muitas mensagens de ódio, perseguições, pessoas ameaçando não só a mim, mas as outras meninas também, falando que a gente estava atrás de fama. Eu estou em anonimato porque eu não quero ser marcada por essa história”, declara Themis (nome fictício de uma das vítimas).
Ela ainda afirma que a forma como as agressões aconteceram tornou o processo mais doloroso. “Ser desconsiderada dessa forma, sem ao menos saberem minha história e considerar a nossa dor, foi muito doloroso”.