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Governo rebate Ouvidoria e diz que oito foram mortos durante operação policial no litoral de SP

Casos ocorreram após morte do soldado Patrick Reis; ouvidor citou que policiais mataram 10 pessoas

Ouvidoria afirma que 10 foram mortos
Soldado da Rota Patrick Bastos Reis, de 30 anos, foi morto durante patrulhamento no Guarujá; polícia realizou operação em comunidade e prendeu suspeito do crime (Reprodução/Arquivo pessoal/Carlos Abelha)

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse durante entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (31) que oito pessoas morreram durante uma operação policial realizada na Baixada Santista, desde a última sexta-feira (28). Os trabalhos ocorreram após a morte do soldado Patrick Bastos Reis, de 30 anos, da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), durante um patrulhamento no Guarujá. Apesar do balanço do governo, a Ouvidoria informou que os policiais mataram 10 pessoas na ação.

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“A partir do momento em que a polícia é hostilizada, a partir do momento em que a autoridade policial não é respeitada, infelizmente há o confronto. A gente não deseja o confronto de jeito nenhum. Tanto é que tivemos 10 prisões. Aqueles que resolveram se entregar à polícia foram presos. Não houve hostilidade. Não houve excesso.”, afirmou o governador, que elogiou a ação policial e disse que oito pessoas morreram.

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, questionou as fontes usadas pela Ouvidoria. “Ouvi declarações que a própria ouvidoria quer apurar 10 mortes. Não são 10 mortes. São oito confrontos com oito mortes. Não sei de onde está vindo essa informação”, disse ele.

Conforme o ouvidor Claudio Aparecido da Silva, da Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo, moradores do Guarujá disseram que durante a Operação Escudo os policiais torturaram e mataram as vítimas, prometendo fazer até 60 execuções. No entanto, o balanço oficial ficou em 10 mortes.

“A justiça será feita. Nenhum ataque aos nossos policiais ficará impune”, declarou Tarcísio de Freitas, mesmo sem esclarecer a divergência entre os dados apresentados pelas autoridades.

Morte do soldado

O soldado Patrick Bastos Reis foi morto no último dia 27 de julho, enquanto fazia um patrulhamento em uma comunidade do Guarujá. Ele teria sido baleado por Erickson David da Silva, de 28 anos, que atuava como uma espécie de “sniper” por traficantes que atuavam no local.

Conforme a investigação, Erickson teria atirado em direção ao soldado da Rota de uma distância de mais de 50 metros. Além de Patrick, um cabo também foi atingido por um tiro e levado a uma UPA. Ele não corre risco de morte.

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Erickson passou a ser procurado após o crime e foi preso no domingo (30), na Zona Sul de São Paulo. Além dele, outros três envolvidos no caso também foram presos.

O governador destacou que as investigações sobre o caso continuam e que as imagens registradas por câmeras dos policiais durante a operação serão analisadas pela Ouvidoria da Polícia Civil.

Além disso, o caso é acompanhado pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) e pela Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP).

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