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Número de mortos em operação policial no litoral de São Paulo chega a 12, diz SSP

Operação Escudo é realizada após morte de PM; comissão vai apurar se houve excesso da polícia

Ouvidoria afirma que 10 foram mortos
Soldado da Rota Patrick Bastos Reis, de 30 anos, foi morto durante patrulhamento no Guarujá; polícia realiza operação na Baixada Santista (Reprodução/Arquivo pessoal/Carlos Abelha)

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) confirmou na manhã desta terça-feira (1º) que o número de mortos na Operação Escudo, deflagrada na Baixada Santista, chegou a 12. O trabalho começou na última sexta-feira (28), após a morte do soldado Patrick Bastos Reis, de 30 anos, durante um patrulhamento no Guarujá, e deve seguir por pelo menos 30 dias.

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Inicialmente, o governo estadual confirmou que oito pessoas tinham morrido na ação, divergindo do número de 10 mortes informadas pela Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo. No entanto, horas mais tarde foram confirmados mais dois óbitos. Agora, o número chegou a 12.

Conforme a SSP-SP, até o momento o balanço da operação, que combate o tráfico de drogas, aponta 32 suspeitos presos, além de 20,3 kg de drogas e 11 armas apreendidas.

Por conta de denúncias de moradores sobre abusos policiais cometidos durante a operação, uma comissão formada pela Ouvidoria das Polícias do Estado de São Paulo, pela Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pelo Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe) está no Guarujá para acompanhar a operação.

Em entrevista coletiva concedida na segunda-feira (31), o governador Tarcísio de Freitas negou qualquer abuso e se disse “extremamente satisfeito” com ação da polícia em resposta à morte do soldado.

“Nós não vamos deixar passar impune agressão a policial. Não é possível que o bandido, que o criminoso, possa agredir um policial e sair impunemente, então nós vamos investigar, nós vamos prender, nós vamos apresentar à Justiça, nós vamos levar ao banco dos réus. Foi isso exatamente que foi feito nesse fim de semana. Estou extremamente satisfeito com a ação da polícia”, disse o governador.

Morte do soldado

O soldado Patrick Bastos Reis, que integrava a equipe da Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), foi morto no último dia 27 de julho, enquanto fazia um patrulhamento em uma comunidade do Guarujá. Ele teria sido baleado por Erickson David da Silva, de 28 anos, que atuava como uma espécie de “sniper” por traficantes que atuavam no local.

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Conforme a investigação, Erickson teria atirado em direção ao soldado da Rota de uma distância de mais de 50 metros. Além de Patrick, um cabo também foi atingido por um tiro e levado a uma UPA. Ele não corre risco de morte.

Erickson passou a ser procurado após o crime e foi preso no domingo (30), na Zona Sul de São Paulo. Ele passou por uma audiência de custódia na segunda-feira (31), quando teve a prisão temporária decretada.

Em entrevista à TV Tribuna, reproduzida pelo site G1, o advogado Wilton Felix disse que suspeito se diz inocente e estava na comunidade da Vila Zilda, em Guarujá, para comprar drogas.

“Ele [Erickson] alega e atesta que não participou do evento morte. Na fatalidade, ele estava comprando droga, por fazer uso de entorpecentes, quando ouviu vários tiros e no pavor da situação, ele fugiu do local”, explicou Felix.

“Ele ficou com receio e foi para outra cidade, sendo hoje (domingo), de livre e espontânea vontade, se integrou as autoridades, na Corregedoria da Polícia, mostrando que acredita que ele foi vítima de uma injustiça”, disse o advogado.

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