A família da trancista Thais Medeiros de Oliveira, de 25 anos, que teve uma crise grave de asma ao cheirar uma pimenta e quase morreu, comemora o fato de ter a jovem em casa após mais de cinco meses de internação. Ela teve alta do Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), em Goiânia, na tarde de segunda-feira (31), e segue em tratamento em uma UTI domiciliar. Mãe da jovem, Adriana Medeiros disse que a filha “está mais tranquila” desde que deixou o hospital.
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“Desde que ela chegou em casa, ela conseguiu dormir mais e está mais tranquila”, disse a mãe, em entrevista ao site G1.
Adriana falou sobre as dificuldades enfrentadas durante o período de internação, mas ressaltou que acredita que a jovem terá mais benefícios ao receber os cuidados em casa, já que poderá estar mais perto das filhas, Valentina e Antonella.
“Cinco meses em um hospital é barra. Todos estamos com muita saudade. Então, decidimos trazer ela para casa, pois acredito que isso ajudará ela a se fortalecer”, comemorou a mãe.
A jovem, que sofreu danos cerebrais após sofrer a crise grave de asma, tem bom estado clínico, mas não apresenta respostas neurológicas.
Adriana explicou que a filha ainda passa por tratamento contra osteomielite, que é uma infecção óssea, e contra escaras, que são feridas comuns em pessoas que ficam muito tempo acamadas. Assim, continuará sendo acompanhada por profissionais do Crer até que possa iniciar a reabilitação.
Relembre o caso
A trancista passou mal na tarde do último dia 17 de fevereiro durante um almoço na casa do namorado. O rapaz contou que ela cheirou a pimenta e, em seguida, começou a “perder as forças”. Ela foi levada às pressas até o Hospital Evangélico Goiano (HEG), onde foi constatado que sofreu um edema cerebral.
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Ao chegar no hospital, a jovem sofreu uma parada cardiorrespiratória, quando ficou cerca de sete minutos sem pulso e 15 minutos sem oxigênio. Assim, ela foi sedada e intubada para evitar danos cerebrais. Depois, foi transferida para a Santa Casa de Anápolis, onde ficou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Depois, foi transferida para um quarto, onde seguiu sua recuperação. No entanto, o diretor técnico da Santa Casa de Anápolis, Murilo Carlos Santana, ressaltou que o quadro dela era delicado.
Os médicos acreditam que a jovem sofreu uma crise de grave de asma ao cheirar a pimenta e, por conta da baixa circulação de oxigênio no cérebro, teve danos neurológicos. O condimento teria sido o gatilho.
A mãe da jovem havia dito que a filha sofria com bronquite desde que ficou grávida. “A Thais contraiu asma e bronquite no final da gravidez dela, desde então, eu venho lutando com ela. Ela tem alergia a muita coisa, só que a gente ainda não sabia. A gente ia começar um tratamento com ela no Hospital das Clínicas em Goiânia, mas, por motivo financeiro, não conseguimos continuar. Ela disse: - não, mãe, depois a gente faz”, contou.
Segundo Adriana, por conta das crises frequentes, a filha já tinha ficado internada cinco dias com uma bactéria no pulmão. Ela se recuperou, mas era comum ter sintomas como falta de ar, tosse e corpo empolado. Apesar disso, ninguém sabia que ela poderia ter alguma reação à pimenta.