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Mulher de fazendeiro vítima de queda de avião morre horas após o enterro, em Campo Grande

Ana Paula Pridonik Silva, 27, foi achada por parentes ferida e socorrida, mas não resistiu

Ela foi achada ferida em casa
Engenheira Ana Paula Pridonik Silva, mulher de fazendeiro e madrasta de menino mortos em queda de avião, morre em MS (Reprodução/Redes sociais)

Após a morte do fazendeiro Garon Maia Filho, de 42 anos, e do filho, Francisco Veronezi Maia, de 12, vítimas da queda de um avião, na divisa entre Rondônia e Mato Grosso do Sul, a família enfrenta mais uma perda. A esposa do pecuarista e madrasta do menino, a engenheira Ana Paula Pridonik Silva, de 27, faleceu na terça-feira (1º).

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De acordo com a Polícia Civil, Ana Paula foi encontrada ferida em casa por parentes, horas após o enterro dos corpos do pai e filho. Ela foi socorrida e levada para a Santa Casa de Campo Grande (MS), mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

A corporação informou que o caso foi registrado como suicídio, mas que as circunstâncias ainda são devidamente apuradas.

Os corpos do pecuarista Garon Maia e do filho Francisco foram velados e enterrados no Cemitério Parque das Primaveras, em Campo Grande. Ana Paula esteve presente e chegou a fazer uma postagem nas redes sociais lamentando as mortes.

Relembre o caso

Garon e Francisco estavam em um bimotor que caiu em uma área de mata fechada na divisa entre Rondônia e Mato Grosso, no sábado (29). Os destroços foram encontrados na manhã de domingo (30) e, conforme relatado por amigos, era o fazendeiro quem pilotava.

No entanto, dias antes do acidente, o pai apareceu em vídeo publicado nas redes sociais orientando o filho a pilotar o bimotor Beechcraft Baron 58. Pela legislação brasileira, só podem pilotar aeronaves quem tem mais de 18 anos, ensino médio completo e um cadastro junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

“Vamos lá, seiscentos cavalos, pode empurrar. Seiscentão, Kikão, vai. Nossa Senhora. Não, mão na manete, mão na manete. Fica aí, olha a velocidade. Pode rodar. Roda, roda”, disse Garon ao filho no vídeo. “Kikão, é sozinho mesmo, rapaz”, celebrou o homem.

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Na sequência, o pai perguntou ao filho se estava tudo certo e o menino respondeu que sim. Depois, o fazendeiro filma a si próprio dando goles em uma garrafa de cerveja e já com outra consumida entre as pernas. “O passageiro pode tomar uma, né Kiko?”, questionou ele.

Amigos relataram que pai e filho partiram no voo com destino a Fazenda Jaqueline, que fica no Estado de Mato Grosso. O tempo de voo era estimado em 15 minutos, mas a aeronave sumiu dos radares cinco minutos após a decolagem.

O Centro de Investigação de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) foi acionado e tenta identificar os motivos da queda do bimotor, de acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB).

Caso é investigado pelo Cenipa
Fazendeiro Garon Maia Filho apareceu em vídeo orientando o filho a pilotar bimotor dias antes de acidente aéreo; os dois morreram (Reprodução/Twitter)

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