A trancista Thais Medeiros de Oliveira, de 25 anos, que teve uma crise grave de asma ao cheirar uma pimenta e quase morreu, segue novamente internada no Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), em Goiânia. Ela precisou voltar para a UTI da unidade quatro dias após receber alta médica, pois além de uma infecção sofreu um broncoespasmo, que reduz o ar que chega aos pulmões por causa de uma contração do músculo liso dos brônquios.
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Mãe da jovem, Adriana Medeiros contou que a filha apresentou muita febre e urina avermelhada e, por isso, teve de ser internada de novo. No sábado (5), ela contou que esteve no hospital e explicou que o quadro de Thais é estável e que ela permanece em tratamento (veja no vídeo abaixo).
“Acabei de visitar a Thais na UTI, ela está bem. Continua com a infecção, uma febre, batimentos cardíacos um pouco elevados, mas está sendo bem cuidada no Crer, como sempre, equipe cuidando dela com muito carinho”, disse Adriana.
“Mais uma vez, a Thais guerreira, é muito forte. Com certeza Deus tem um propósito pra gente (...) Obrigada a todos pelo cuidado, pelas orações, e estamos aí na batalha”, ressaltou a mãe, que explicou que a previsão é que nesta segunda-feira (7) a jovem deixe e a UTI e seja transferida para a enfermaria do Crer.
Alta após cinco meses
Após mais de cinco meses internada, Thais recebeu alta médica no último dia 31. Ela seguiu com os familiares para casa, onde foi montada uma UTI domiciliar com ajuda de uma vaquinha virtual.
Um vídeo divulgado nas redes sociais mostrou a jovem devidamente acomodada (veja abaixo).
Segundo sua mãe, Thais estava dormindo melhor desde que estava em casa e parecia mais tranquila, apesar de não apresentar respostas neurológicas. Infelizmente, seu quadro novamente se agravou e uma ambulância foi chamada para fazer a remoção de emergência na noite de sexta-feira (4).
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Relembre o caso
A trancista passou mal na tarde do último dia 17 de fevereiro durante um almoço na casa do namorado. O rapaz contou que ela cheirou a pimenta e, em seguida, começou a “perder as forças”. Ela foi levada às pressas até o Hospital Evangélico Goiano (HEG), onde foi constatado que sofreu um edema cerebral.
Ao chegar no hospital, a jovem sofreu uma parada cardiorrespiratória, quando ficou cerca de sete minutos sem pulso e 15 minutos sem oxigênio. Assim, ela foi sedada e intubada para evitar danos cerebrais. Depois, foi transferida para a Santa Casa de Anápolis, onde ficou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Depois, foi transferida para um quarto, onde seguiu sua recuperação. No entanto, o diretor técnico da Santa Casa de Anápolis, Murilo Carlos Santana, ressaltou que o quadro dela era delicado.
Os médicos acreditam que a jovem sofreu uma crise de grave de asma ao cheirar a pimenta e, por conta da baixa circulação de oxigênio no cérebro, teve danos neurológicos. O condimento teria sido o gatilho.
A mãe da jovem havia dito que a filha sofria com bronquite desde que ficou grávida. “A Thais contraiu asma e bronquite no final da gravidez dela, desde então, eu venho lutando com ela. Ela tem alergia a muita coisa, só que a gente ainda não sabia. A gente ia começar um tratamento com ela no Hospital das Clínicas em Goiânia, mas, por motivo financeiro, não conseguimos continuar. Ela disse: - não, mãe, depois a gente faz”, contou.
Segundo Adriana, por conta das crises frequentes, a filha já tinha ficado internada cinco dias com uma bactéria no pulmão. Ela se recuperou, mas era comum ter sintomas como falta de ar, tosse e corpo empolado. Apesar disso, ninguém sabia que ela poderia ter alguma reação à pimenta.
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