A Polícia Civil investiga a morte da professora Vitória Romana Graça, de 26 anos, que foi sequestrada e teve o corpo carbonizado, em Senador Camará, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Uma mulher de 33 anos e sua filha, de 14, com quem a vítima manteve um relacionamento, são apontadas como as principais suspeitas do assassinato. Um laudo apontou que a causa da morte foi aspiração de fuligem e que a vítima ainda estava viva quando foi queimada.
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A professora sumiu no último dia 10, quando teria ido a um encontro com a ex-namorada e a ex-sogra. No dia seguinte, a mãe de Vitória recebeu uma ligação, na qual foi informada que sua filha tinha sido sequestrada e que o resgate custaria R$ 2 mil.
A mãe foi, então, até o 35º Distrito Policial de Campo Grande e denunciou o caso. Durante a investigação, os agentes descobriram que Paula Custódio Vasconcelos e sua filha tinham sido expulsas da comunidade Cavalo de Aço por sequestrar uma mulher. As diligências mostraram que a vítima se tratava da professora e que o corpo dela tinha sido recolhido por um rabecão, já carbonizado.
Assim, Paula acabou presa em flagrante pelo crime no sábado (12) por sequestro seguido de morte. A filha dela também foi apreendida por envolvimento no caso. As duas estavam em Santa Cruz, tentando fugir.
A mãe passou por audiência de custódia no domingo (13), quando teve a prisão convertida em preventiva. Segundo a polícia, a motivação do crime seria financeira. Quando namorava a adolescente, Vitória ajudava a manter a família, mas, com o fim do relacionamento, deixou de repassar dinheiro.
“Uma das testemunhas contou que a Vitória ajudava financeiramente a menor com quem tinha um relacionamento. Ao terminar o namoro, a ajuda também teria terminado, e a Paula foi até a escola em que a professora trabalhava para tirar satisfações”, contou o delegado Victor Maranhão ao site G1.
A defesa de Paula não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação dessa reportagem.
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Queimada viva
O corpo da professora passou por exames no Instituto Médico Legal (IML), que apontou que ela foi queimada ainda viva. No local onde ocorreu o assassinato, foram encontrados tecidos e ferragens, que indicam que ela estava dentro de uma mala quando os criminosos atearam fogo.
No dia em que desapareceu, a professora teria desabafado com um amigo, dizendo que não aguentava mais as cobranças de Paula e sua filha, pois não tinha mais condições de ajudá-las financeiramente. Ela foi orientada por ele a se encontrar com a dupla em um local público. Ainda assim, ela foi sequestrada e morta.
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