A Polícia Civil investiga a participação de um terceiro suspeito pela morte da professora Vitória Romana Graça, de 26 anos, que foi sequestrada e teve o corpo carbonizado, em Senador Camará, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Trata-se de Edson Alves Viana Junior, que é irmão de Paula Custódio Vasconcelos, ex-sogra da vítima que está presa. Segundo a investigação, no período em que a vítima ficou desaparecida, pelo menos quatro pix foram feitos da conta dela para a do homem.
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Testemunhas contaram à polícia que Paula e o irmão estiveram na escola em que Vitória trabalhava no último dia 10, quando queriam conversar sobre o rompimento do namoro dela com a filha da mulher, de 14 anos. A professora teria, então, marcado um encontro para aquela noite em outro local e depois não foi mais vista.
No dia seguinte, a mãe de Vitória recebeu uma ligação, na qual foi informada que sua filha tinha sido sequestrada e que o resgate custaria R$ 2 mil. O caso foi denunciado ao 35º Distrito Policial de Campo Grande e, durante diligências, agentes descobriram que Paula e sua filha tinham sido expulsas da comunidade Cavalo de Aço por sequestrar uma mulher. As apurações mostraram que a vítima se tratava da professora e que o corpo dela tinha sido recolhido por um rabecão, já carbonizado.
Assim, Paula acabou presa em flagrante pelo crime no sábado (12) por sequestro seguido de morte. A filha dela também foi apreendida por envolvimento no caso e encaminhada a uma instituição correcional. As duas estavam em Santa Cruz, tentando fugir.
A investigação continuou e apontou que, durante o período em que ficou desaparecida, a conta bancária da professora continuou a ser movimentada e quatro pix foram feitos para a conta de Edson, con valores que variaram de R$ 100 a R$ 500.
Agora, os agentes querem ouvir o homem para entender qual a ligação dele com o crime. Até a manhã desta quarta-feira (16), o depoimento ainda não tinha sido realizado. A defesa dele também não foi encontrada para comentar o assunto.
Motivação financeira
Paula passou por audiência de custódia no domingo (13), quando teve a prisão convertida em preventiva. Segundo a polícia, a motivação do crime seria financeira. Quando namorava a adolescente, Vitória ajudava a manter a família, mas, com o fim do relacionamento, deixou de repassar dinheiro.
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“Uma das testemunhas contou que a Vitória ajudava financeiramente a menor com quem tinha um relacionamento. Ao terminar o namoro, a ajuda também teria terminado, e a Paula foi até a escola em que a professora trabalhava para tirar satisfações”, contou o delegado Victor Maranhão ao site G1.
O corpo da professora passou por exames no Instituto Médico Legal (IML), que apontou que ela foi queimada ainda viva. No local onde ocorreu o assassinato, foram encontrados tecidos e ferragens, que indicam que ela estava dentro de uma mala quando os criminosos atearam fogo.
No dia em que desapareceu, a professora teria desabafado com um amigo, dizendo que não aguentava mais as cobranças de Paula e sua filha, pois não tinha mais condições de ajudá-las financeiramente. Ela foi orientada por ele a se encontrar com a dupla em um local público. Ainda assim, ela foi sequestrada e morta.
A defesa de Paula também não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação dessa reportagem.
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