Cinco guardas civis municipais (GCMs) suspeitos de torturarem seis jovens durante uma abordagem em Itapecerica da Serra, na Região Metropolitana de São Paulo, foram presos. Eles estavam foragidos e a Polícia Civil ainda procura um sexto envolvido no caso. Conforme a investigação, os agentes espancaram as vítimas e ainda as obrigaram a fazer sexo oral entre eles.
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O caso aconteceu em maio deste ano. Na ocasião, seis jovens estavam empinando motos em um parque abandonado da cidade, quando a equipe da GCM chegou. Além de agredir e torturar os rapazes, que não tinham antecedentes criminais, eles ainda os forçaram a fazer os atos sexuais. Uma das vítimas chegou a ligar para a mãe e o áudio dessa gravação ajudou nas investigações.
Após o caso ser denunciado, a Justiça de São Paulo decretou a prisão temporária contra os seis guardas, mas eles fugiram. Só agora cinco deles acabaram presos. Eles devem passar por uma audiência de custódia nos próximos dias, conforme a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP). O sexto suspeito segue sendo procurado.
O delegado Luis Roberto Faria Hellmeinster, responsável pelas investigações, destacou em entrevista ao site UOL que a polícia trabalha para responsabilizar os agentes pelos abusos cometidos durante a abordagem.
“Todos que não tenham participado ficaram observando as agressões. O que a gente vai fazer é individualizar, realmente é: esse queria? Não queria? Esse se eximiu de fazer alguma coisa? Para quando o juiz for graduar a pena, se condenados, poder avaliar com senso de justiça”, afirmou.
A SSP-SP destacou que, após o episódio, os GCMs “foram afastados de suas funções e responderão processo administrativo e disciplinar”. A Prefeitura de Itapecerica da Serra destacou que também acompanha e colabora com as investigações.
Já o advogado Cleisson Martins, que representa dois dos GCMs, afirmou ter conversado com os cinco agentes presos e que eles negaram que qualquer crime tenha sido cometido na abordagem.
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