A família de um estudante, de 16 anos, denuncia que ele teve o pescoço apertado e foi pressionado contra a parede por um policial militar dentro de uma escola, em Santos, no litoral de São Paulo. Conforme a denúncia, o menor reclamou após perceber que um PM “estava olhando” para o bumbum de sua namorada e acabou virando alvo da abordagem. A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) informou que o caso é apurado.
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Veja o vídeo abaixo, divulgado pelo jornal “A Tribuna”.
O caso aconteceu na última terça-feira (15), no pátio da Escola Estadual Dona Luiza Macuco, no bairro Ponta da Praia. Conforme reportagem do site G1, um parente do aluno, que não quer ser identificado, contou que ele se incomodou ao ver um PM da Ronda Escolar olhando para as nádegas da namorada, momento que o chamou de “pedófilo”.
Assim, o rapaz virou alvo da abordagem policial, quando teve as mãos colocadas para trás, enquanto um PM estava à sua frente e outro ao lado. Nesse momento, um dos agentes segurou o estudante pelo pescoço e o pressionou contra a parede. Em seguida, fala e aponta o dedo para o rosto do rapaz, enquanto outro policial aparece e o segura pelo braço.
Após a abordagem, o estudante foi levado até a diretoria da escola e os pais dele foram chamados. Eles foram orientados a registrar um boletim de ocorrência e o caso foi levado à Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Santos, sendo registrado como desacato, ameaça e vias de fato. Agora, as investigações são conduzidas pela Delegacia da Infância e Juventude (Diju).
Ao ser ouvido, o estudante disse que o PM o ameaçou dizendo: “Quando eu te encontrar na rua, vou enchê-lo de bala”.
O que disse o PM?
Em depoimento, o PM que apareceu apertando o pescoço do rapaz afirmou que o ato ocorreu depois que ele foi desacatado. O policial destacou que o aluno o chamou de “pedófilo” e, depois, de “Jack”, que é uma gíria usada para estuprador.
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O policial alegou, ainda, que o estudante teria dito que morava em um determinado bairro e o ameaçou dizendo: “Vocês vão ver quem eu sou”.
Em nota, a SSP-SP informou que os responsáveis pelo estudante foram chamados na escola e levados à CPJ de Santos. A Polícia Civil solicitou que o rapaz passe por exames no Instituto Médico Legal (IML) e os laudos são aguardados.
Já a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) informou que a Diretoria de Ensino de Santos e a unidade escolar colaboram com as autoridades e estão à disposição para esclarecimentos.