O documentário “Isabella: O Caso Nardoni” estreou na quinta-feira (17) na Netflix e relembrou o crime que chocou o país em 2008. Com depoimentos fortes da família da menina, principalmente da mãe dela, a bancária Ana Carolina de Oliveira, a produção detalha como foi o julgamento de Anna Carolina Jatobá e Alexandre Nardoni, madrasta e pai da vítima, respectivamente, que foram condenados pelo assassinato (saiba como eles vivem atualmente mais abaixo).
No documentário, a família relembra com muita emoção como era a menina e dos sonhos dela que foram interrompidos naquele trágico dia 29 de março, quando ela tinha apenas cinco anos e morreu ao ser asfixiada e depois arremessada de um apartamento, na Zona Norte da capital paulista.
A produção revela como a bancária soube da morte da filha e que, no início, ela não desconfiava que o pai e a madrasta podiam ter cometido o crime. No entanto, ao longo das investigações, os fatos foram sendo revelados pela investigação policial e a mãe ressaltou que só queria buscar justiça.
Casal Nardoni
Chamou a atenção no documentário o fato de, durante as investigações, o casal Nardoni não falar muito sobre a dor da perda da menina e por tentar atribuir a culpa a um suposto invasor. No entanto, segundo a polícia, não há dúvidas de que os dois cometeram o assassinato. Eles negam o crime até hoje.
Os telespectadores também podem relembrar como foi o julgamento do casal, sendo que a madrasta pegou 26 anos de prisão. Já Alexandre foi condenado a 30 anos de prisão em regime fechado.
Anna Jatobá ficou 15 anos na Penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, a P1 feminina de Tremembé, sendo que em 13 deles trabalhou em uma oficina de costura. Há dois meses, ela obteve a progressão de pena para o regime aberto e, desde que deixou o presídio, mora em um apartamento de luxo do sogro, Antonio Nardoni, em Santana, na Zona Norte de São Paulo.
Antes da progressão de pena, ela passou por um processo para avaliar sua capacidade de reintegração na sociedade, entre eles um exame psiquiátrico, no qual afirmou que mantinha uma relação de afeto com a enteada. “Quando ela ficava comigo, eu cuidava como se fosse a minha filha”, disse ela durante o exame, segundo revelado pelo site G1.
Durante a avaliação, ela também revelou que fez uma tatuagem em homenagem a Isabella, a Alexandre Nardoni e seus dois filhos durante uma saída temporária. Sobre seu casamento, disse que ainda mantém relacionamento com o marido e que eles se encontraram durante saídas temporárias e conversavam por meio de cartas.
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) recorreu contra o benefício concedido a Jatobá, mas o recurso ainda não foi julgado.
Já Alexandre Nardoni cumpre pena na Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, conhecida como P2 de Tremembé. Em 2019, ele também já obteve o benefício do regime semiaberto, podendo fazer saidinhas temporárias. Mas ele passa a maior parte do tempo estudando dentro do presídio.
Morte de Isabella Nardoni
Isabella Nardoni tinha cinco anos quando foi jogada pelo pai e pela madrasta da janela de um apartamento que ficava no sexto andar do Edifício London, no dia 29 de março de 2008.
Inicialmente eles alegaram que foi uma queda acidental, mas a investigação apurou que a criança apresentava marcas de que tinha sido agredida e morta antes de ser arremessada.
O Ministério Público destacou durante o julgamento do casal que as provas periciais obtidas pela Polícia Civil não deixavam dúvidas sobre a autoria do assassinato. A acusação destacou que a madrasta esganou Isabella e, em seguida, o casal cortou a tela de proteção da janela e o pai jogou o corpo da criança.
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