O principal suspeito pela morte da médica Thallita da Cruz Fernandes, de 28 anos, que foi achada sem vida, nua e dentro de uma mala na lavanderia do apartamento em que morava, em São José dos Campos, no interior de São Paulo, confessou o crime. Se trata do namorado dela, Davi Izaque Martins Silva, de 26, que foi flagrado por câmeras de segurança deixando o local tranquilamente após o crime (assista abaixo).
O rapaz, que usava boné e camiseta vermelha, aparece no vídeo caminhando até o elevador. Depois, ele desce no térreo e fica mexendo no celular. Logo depois, entrou em um carro de aplicativo e foi embora.
O corpo de Thallita foi encontrado na tarde da última sexta-feira (18). Na ocasião, uma amiga enviou uma mensagem e a médica teria respondido que não podia falar pois “o trabalho estava muito corrido”. No entanto, ela deveria estar de folga naquela data e isso levantou desconfiança. A amiga continuou tentando contato e, como não foi atendida, decidiu acionar a Polícia Militar.
Os agentes foram, então, até o prédio em que a médica morava, onde o porteiro disse que ela não tinha saído. Os PMs seguiram até o apartamento e lá a encontraram morta, dentro da mala.
As imagens de câmeras de segurança do prédio comprovaram que o namorado foi a última pessoa a entrar e sair do apartamento. Assim, a Justiça emitiu um mandado de prisão temporária e o rapaz foi preso na noite de sábado (19).
Ao ser questionado por policiais do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), o rapaz teria confirmado que brigou com a médica, mas alegou que teve um lapso de memória e não conseguia se lembrar do que aconteceu.
Confessou o crime
Horas depois, em depoimento formal à polícia, Davi confessou o assassinato e alegou que estava sob efeito de drogas. “Hoje, ele fala que foi em um momento de ciúmes, além de ter ingerido droga. Com certeza ele tinha uma dependência financeira dela”, afirmou o delegado Alceu Lima de Oliveira, em entrevista ao G1.
Ainda segundo o investigador, o rapaz pretendia ocultar o cadáver da médica, mas desistiu e deixou o corpo no apartamento. “O intuito dele era sair com o corpo na mala, mas ela rasgou e ele não conseguiu”, relatou.
Davi não tinha antecedentes criminais, mas o delegado disse que ele não demonstrou arrependimento. “Ele estava tranquilo e seu comportamento não indica arrependimento. Acreditamos que ela quis terminar o relacionamento e matou Thallita na explosão de momento”, contou o delegado.
O rapaz segue à disposição da Justiça. A defesa dele não foi encontrada para comentar o assunto.
LEIA TAMBÉM: