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Homem que assassinou namorada e mandou recado ao sogro já tinha matado antes; entenda

Lucas Bomfim Lhamas, 34, ainda é procurado pela polícia; ele tem diagnóstico de esquizofrenia desde os 9 anos

Lucas Bomfim Lhamas, de 34 anos, apontado como o principal suspeito pela morte da namorada, a fonoaudióloga Aline Candalaft, de 31, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, continua a ser procurado pela polícia. Conforme a investigação, ele cometeu o crime e, antes de fugir, mandou mensagens ao sogro dizendo: “Ela está morta já faz tempo”. Mas esse não foi o primeiro homicídio que ele confessou.

O suspeito tem diagnóstico de esquizofrenia desde os 9 anos e confessou à Justiça que, em 15 de fevereiro de 2016, matou o próprio pai, Lourival Garcia. Conforme o site G1, na época, ele já tinha passado por tratamento em várias clínicas de reabilitação por conta do vício em drogas.

A mãe contou em depoimento que o tinha transtorno psiquiátrico e fazia tratamento no Hospital Mário Covas. Mesmo assim, a cada seis meses tinha surtos e, por isso, era socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) com frequência.

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Ainda segundo o relato da mãe, antes de matar o pai, o filho tinha deixado de tomar a medicação. Ao ser ouvido pela Justiça, Lucas afirmou que “ouvia vozes” e “estava cumprindo uma missão”.

O juiz considerou que ele é inimputável pela morte do pai, mas deveria seguir em tratamento. No dia 2 de janeiro de 2018, outro laudo concluiu pelo diagnóstico de esquizofrenia paranoide e “incapacidade parcial para os atos da vida civil”.

Em 2019, ele foi mantido em tratamento no Hospital de Custódia, em Franco da Rocha, na Grande São Paulo, de onde foi liberado em 2021. Apesar disso, deveria continuar em tratamento em regime ambulatorial em CAPS-AD.

Morte da namorada

Lucas e Aline estavam juntos há pouco mais de dois meses, quando ela foi achada morta, no domingo (20). O pai da fonoaudióloga disse que desde o dia 17 mandava mensagens para a filha, mas o namorado respondia dizendo que não era possível, pois eles estavam passeando ou que o celular dela estava com problemas.

No entanto, três dias depois Lucas confessou em uma mensagem: “Infelizmente, a Aline está morta. Ela está morta já faz bastante tempo. Sinto muito, eu a amava, mas não teve jeito”.

Assim, o pai acionou a Polícia Militar e os agentes foram até a casa dela, onde encontraram seu corpo já em estado avançado de decomposição. Aline estava deitada na cama e enrolada em um edredom e apresentava marcas de facadas no pescoço. Nas mãos, segurava um terço e duas mensagens bíblicas.

A Justiça de São Bernardo do Campo decretou a prisão temporária de 30 dias e o rapaz é procurado. O caso foi registrado como feminicídio e segue sendo investigado.

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