O jornalista Ullisses Campbell, autor da reedição da biografia “Suzane: Assassina e Manipuladora”, diz que a impressão do material precisou ser temporariamente interrompida para inclusão de uma atualização importante: a gravidez de Suzane Richthofen. Segundo ele, a gestação foi descoberta em julho passado, quando a jovem teria passado muito mal. Ele teria confirmado a informação com pessoas próximas à ela, além de colegas de faculdade.
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Condenada pela morte dos próprios pais, Suzane cumpre pena em regime aberto desde janeiro deste ano. Ela mora em Angatuba, no interior de São Paulo. Além de cursar biomedicina em uma faculdade particular e vender na internet produtos de seu ateliê de costura, ela também prestou o concurso público da Câmara Municipal de Avaré, visando uma vaga como telefonista.
Apesar da afirmação de Campbell sobre a gestação, a própria Suzane e sua defesa ainda não se pronunciaram oficialmente. Mesmo assim, a Matrix Editora decidiu pausar impressão da biografia para o avanço da gestação e pretende inclusive, incluir os nomes de possíveis pais da criança.
As impressões já foram retomadas e a biografia deve ser lançada no próximo dia 15 de setembro, integrante de uma coleção intitulada “Mulheres Assassinas”.
Condenação
Suzane está presa desde 2002. Ela foi inicialmente condenada a 39 anos e seis meses de prisão por participação no assassinato dos pais, o engenheiro Manfred Albert e a psiquiatra Marísia von Richthofen, atacados dentro de casa com golpes de uma barra de ferro. Segundo a Justiça, ela planejou o crime e teve a ajuda do então namorado, Daniel Cravinhos, e do irmão dele, Cristian Cravinhos, para a execução do casal.
No entanto, apesar da pena estabelecida na condenação, ela entrou com vários pedidos de revisão e conseguiu reduzir o tempo para 34 anos e 4 meses de prisão. A previsão é que ela cumpra a sentença no dia 25 de fevereiro de 2038.
Desde que foi presa, a primeira vez que ela deixou o presídio foi em março de 2016, depois de conquistar o regime semiaberto e ter direito a uma saída temporária de Páscoa. Em setembro do ano passado ela obteve mais uma “saidinha temporária”, quando chamou a atenção por conta da aparência. Bem vestida, ela virou alvo de várias publicações nas redes sociais.
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Ela tentava obter a progressão desde 2017 para o regime aberto, mas até então todos os pedidos tinham sido negados. No início deste ano ela finalmente conseguiu o benefício.
No novo regime de liberdade, Suzane tem que seguir algumas regras. Durante o dia, pode sair e até trabalhar, mas à noite tem que se recolher em uma casa de albergado, determinada pela Justiça. Caso ela decida mudar de endereço novamente, terá que antes obter autorização do Poder Judiciário.
Empreendedora
Depois que deixou o presídio, Suzane decidiu se tornar uma empreendedora. Ela abriu um cadastro de Microempreendedor Individual (MEI) no Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) de Angatuba como dona de um ateliê de costura.
Chamado “Su Entre Linhas”, a página do comércio no Instagram já acumula quase 30 mil seguidores. Ela não tem loja física, apenas comercializa as peças pela internet e tem clientes até no exterior.
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