Foco

Suspeito de matar jovem a tiros, namorado liga para família dela e avisa: “Vai buscar que ela tá morta”

Jenifer Carvalho Paes, 19, foi achada sem vida na casa em que morava com o rapaz, no Rio de Janeiro

Namorado é o principal suspeito do feminicídio
Jenifer Carvalho Paes, de 19 anos, que foi encontrada morta com um tiro no peito dentro da própria casa na comunidade da Rocinha, no RJ (Reprodução/Redes sociais)

A Polícia Civil investiga a morte da jovem Jenifer Carvalho Paes, de 19 anos, que foi encontrada morta com um tiro no peito dentro da própria casa na comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro. O namorado dela é apontado como o principal suspeito do feminicídio, mas ainda é procurado. Familiares da vítima contaram que o rapaz fez uma ligação para a mãe dela e avisou: “Vai buscar tua filha que ela tá morta”.

ANÚNCIO

O corpo de Jenifer foi encontrado na segunda-feira (28), depois que uma amiga desconfiou do sumiço dela e decidiu ir até a casa para onde a jovem tinha se mudado há pouco mais de um mês com o namorado. Chegando lá, a vítima estava deitada em uma cama. A Polícia Militar foi acionada, mas o rapaz não estava no local.

Avó da jovem, Thania Leandro Paes disse ao site G1 que a garota tinha terminado o namoro, mas acabou cedendo e voltou a viver com o rapaz. O relacionamento dos dois era conturbado e há suspeita de que ele mantinha a vítima em cárcere privado.

“Ele deixava ela trancada, mantinha em cárcere privado, sem celular, sem uma televisão, sem geladeira, sem contato. Ele deixava ela com fome. Ela anotava tudo que ela passava em um caderno, era só isso que ela tinha. Foi a amiga dela que ajudou a gente a encontrar onde estava o corpo, ela que achou. Ela não tinha a liberdade de conversar com ninguém. Uma vez ela contou para o pai que ele [namorado] tinha batido nela, e ela estava com a cabeça machucada. Todos dissemos que ela podia voltar para a nossa casa, ficar com a gente”, disse a avó.

Após o crime, o namorado ainda teria tentado dizer que Jenifer tinha se matado. Porém, exames no Instituto Médico Legal (IML) apontaram que ela tinha pele embaixo da unha, o que indica que lutou para não ser morta.

“Ele ainda tentou botar culpa nela dizendo que ela se matou, mas foi ele que matou! Ele já batia nela! Ele falou que ela se matou! Estava cheia de pele debaixo da unha dela porque ela tentou se defender dele enquanto ele batia nela”, relatou a avó. ”Ela apanhou muito antes de morrer”, lamentou Thania.

A Polícia Civil informou que o caso é investigado como feminicídio pelo 11º Distrito Policial da Rocinha. Uma perícia foi feita na casa e agora são realizadas diligências para apurar a autoria e circunstâncias do crime. Até a manhã desta quarta-feira (30), ninguém havia sido preso.

LEIA TAMBÉM:

ANÚNCIO

Tags


Últimas Notícias