Condenado por matar o pai e a madrasta, em 2004, o ex-seminarista Gil Rugai quer cumprir o restante de sua pena fora da prisão. Ele segue detido desde 2016 na Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, a P2 de Tremembé, no interior de São Paulo, onde está no regime semiaberto.
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Rugai foi condenado em 2013 a 33 anos e nove meses de prisão pelo assassinato de Luiz Carlos Rugai, de 40 anos, e Alessandra de Fátima Troitino, de 33. Eles foram mortos na casa em que viviam, no bairro de Perdizes, na Zona Oeste de São Paulo. O ex-seminarista tinha 20 anos na época do crime e sempre alegou inocência.
Agora, a defesa pediu ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) no fim de julho passado que ele possa ter a progressão de pena, alegando que “sempre ostentou um ótimo comportamento carcerário”. No documento, a advogada Thais Merino Barros apontou que a Justiça deve recalcular a data-base para pleitear progressão da pena ao regime aberto que, segundo ela, seria em meados de 2020.
O caso ainda é analisado pelo TJ-SP e não há uma previsão para a divulgação da decisão. Apesar disso, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) já se manifestou e se disse contrário ao benefício, em razão da gravidade do crime pelo qual Rugai foi condenado e destacou a necessidade da realização de um exame criminológico.
Conforme o site UOL, o ex-seminarista cursa arquitetura desde maio deste ano, após conseguir h e autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Assim, ele deixa o presídio entre 17h e 23h30, quando se dirige até a universidade que fica na cidade de Tremembé, também no interior paulista.
Ele é monitorado por meio de uma tornozeleira eletrônica e precisa apresentar todos os meses os seus comprovantes de presença em sala de aula e também do desempenho no curso.
Relembre o caso
Rugai trabalhava com seu pai, em uma agência de publicidade que funcionava na casa dele, e os dois teriam discutido depois que Luiz Carlos descobriu que seu filho desviava dinheiro da empresa.
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Assim, segundo a acusação, no dia 28 de março de 2004, o ex-seminarista matou o pai com seis tiros. Já a madrasta levou cinco.
Desde que foi julgado e condenado pelo crime, Rugai já teve diversas entradas e saídas da prisão. Em 2021, ele progrediu ao regime semiaberto, mas chegou a ter o benefício suspenso em abril do ano seguinte, o que conseguiu reverter na Justiça dois meses depois.
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